Aventura - Horas Antes do Fim

Um piscar de olhos. Fora tempo o suficiente para saírem da rotina aonde estavam, seja em repouso ou combate. Um chamado, potente e irresistível, tilintou em suas centelhas; um pedido de ajuda em guerra. A viagem entre incontáveis planos e culturas desperta sentimentos diversos entre os planinautas, uns aproveitam da possibilidade para grandes furtos, outros para tiranizar e atormentar vilarejos, mas, em sua grande parte, apresentam-se como heróis itinerantes do multiverso. Ravnica neste momento apresentava um leque de todas estas possibilidades, Nicol Bolas, o dragão megalomaníaco, provocara em sua sede de poder uma guerra entre os portadores de centelhas. Milhares de mortos-vivos em couraças marchavam nas ruas da cidade das guildas, a população sofria aterrorizada enquanto paladinos de terras distantes combatiam por entre as espirais de concreto do plano. A desvantagem numérica era escancarada, e as sentinelas não tinham outra opção senão seguir o plano, chamariam os reforços que fossem possíveis, em cada confim alcançável.

O leonino rugia e bradava em resposta à luz do farol.

Ajani: Se morrermos, morremos! Mas não podemos deixar que ele vença!

E então apareciam, brotando pelos arredores do décimo distrito. Planinautas apareciam em meio ao caos, uns cientes da periculosidade da batalha que os cercava, mas outros perdidos e em confusão. Seriam os salvadores de Ravnica? Ou novas vítimas para um massacre?

Escudo do Mestre:

O leonino corria em disparada por entre os restos de metal e de uma terra outrora lar dos vulshoks, o sol vermelho já não mais brilhava naquelas terras, mas o calor que emanava do solo ainda fazia o lugar ter o mesmo aspecto de uma antiga fornalha. Simba saltava de pilar em pilar, de escombros para escombros, em sua mão havia apenas sua arma, algo que certamente não lhe seria tão útil naquele momento. Seu coração batia mais forte do que nunca batera, seus olhos avistavam o grande vulto passando por entre os jorros de fumaça escaldante a medida que ele avançava, ele sabia que estava cercado, ele sabia que naquela noite, ele era a caça. Durante alguns minutos longínquos ele fugiu, não havia onde se esconder, não havia salvação.

Urabrask: אני אטרוף את ליבך, אריה! אתה ואנשיך תשלמו בחייכם!

Eis que, como uma fera saltando do próprio magma, ele surgiu grande e imponente, agarrando o leonino pela cintura, com braços presos, emitindo sons aterrorizantes que eram comuns aos invasores. Sua boca se abria e dela uma espécie de língua cheia de dentes era lentamente colocada para fora, rumando em direção ao peito do leonino

Simba: N-não! N-não posso morrer, eu preciso... Preciso salvar o meu povo, preciso... Preciso salvar o meu mundo...

Os dentes lentamente furavam a carne do peito do leonino, que sentia uma agonia profunda, seu grito de dor ecoou mais como um rugido, era como se algo precisasse sair, um calor intenso que vinha de dentro de seu peito e, quando pareceu sentir a própria vida se esvair, viu apenas luz, uma luz que parecia surgir de dentro dele, algo sentido em cada pequena parte de seu eu e, como se fosse partido em incontáveis fragmentos, ele desapareceu



Os olhos do leonino se abriam a medida que ele era jogado ao chão com o impulso da chegada, vomitando um pouco devido a um enjoo jamais sentido antes. Sua consciência parecia voltar aos poucos, assim como os sentidos. Ouvia gritos, urros de uma multidão, parecia ser uma guerra. Explosões, algumas distantes e outras não tanto. Centenas de luzes por todos os lados, e somente quando se levantou o leonino pôde observar onde estava... Ali não era Mirrodin.

Simba: Onde... Onde estou? Que lugar é esse?!

Seus olhos se voltavam para todos os lados, estava confuso, não conseguia compreender o que estava acontecendo - apenas seu instinto lhe dizia que era uma batalha. As construções eram estranhas, o solo não era metálico, os seres eram humanoides mas extremamente diferente de tudo que ele já viu um dia. Ele respirava fundo, tentando achar qualquer razão no meio daquilo tudo, tentando entender se ali ele era o caçador ou a caça.

Ravnica já era o lar do metamorfo desde que estranhamente sumiu de sua terra natal Theros durante um duelo na arena, quando chegou nesse plano foi acolhido pela guilda dos segredos que lhe deu um lar em troca de suas habilidades de mudar de forma.

Hoje, entretanto, Belian encontrava-se resolvendo assuntos pessoais num plano que ele mesmo denominou como SONHAR. Apesar do poder ampliado e a facilidade de moldar a realidade nesse plano Belian estava longe de ser um ser supremo por ali e como tal tinha inimigos e assuntos que precisa resolver. Na ala oeste da torre Bastian Balthazar Bux uma pilha de corpos encontravam-se sem vida, na sala principal
o deus das Mil Faces saboreava um dos grandes pesadelos que disputava o poder do plano e então assume sua forma.


Antes que pudesse drenar toda a energia vital de sua adversaria um grande faixo de luz rasga os céus do  SONHAR. Belian sente-se como uma mariposa que é atraída pela luz. As moléculas do corpo do metamorfo agitam-se como que se quisessem retornar ao seu estado original, Belian sente como se eletricidade percorresse seu corpo, aquencendo-o, latejando. O metamorfo só sentiu isso duas vezes na vida: Quando deixou Theros e surgiu em Ravnica e quando subiu ao  SONHAR pela primeira vez. Era algo que não podia controlar, era um chamado e seu corpo respondia


"Voltarei a Theros ?"


- Ainda Ravnica ...

Os olhos do metamorfo percorrem o cenário a sua frente em êxtase

- UM ATAQUE!

Belian olha ao redor atordoado tentando compreender o que acontecia. Civis corriam desesperadamente procurando abrigo, o caos era tanto que o fato de estar em sua aparência original não era o motivo de estranhamento.

O instinto de Belian gritava: FUJA

A energia que ainda latejava em seu corpo implorava: RESISTA

Mais uma vez o progresso de Ravnica dependia de uma missão de Trizan em outro plano. O sangue desse dragão tem propriedades magníficas, algumas gotas e obstáculos seriam discretamente eliminados. Perfeito para um certo senador que nao encontrava-se particularmente excitado em relação a mudanças em registros importantes da guilda.

“Esse caçador foi um ótimo investimento, eu esperava ter que intervir nessa luta.” - Pensou Trizan enquanto olhava o corpo do dragão derrotado aos pés do mascarado caçador de recompensas. “Seria perfeito para alguns trabalhos em Ravnica.”

- Eu honro minha palavra, sr. Trevor. Eis seu monstro. Agora meu ouro. - Falou o caçador.

-Você provou seu valor indubitavelmente. - Replicou o mago

Trizan aproximou-se do corpo do dragão, uma criatura medonha e repugnante. Seria ótimo ter servos com capacidade de viajar entre planos para esse tipo de serviço. O mago então colhe pequenas porções de sangue em tubos de ensaio.

“Além de tudo ganharei muitos favores entre os simics com esse material, aqueles gosmentos adoram qualquer coisa que feda” Pensava

-Não sei o que lhe interessa numa criatura que viva é tão podre quanto morta, não é de minha conta. Mas não fique aqui muito tempo, logo virão mais destes malditos. -  Reclamou o Duraha

Trizan levanta-se, tira um lenço de seu bolso e limpa suas mãos, descartando o lenço em seguida.

-Algumas coisas mortas são mais valiosas que quando vivas, não se preocupe, estou de saída. Seu talento é indiscutível, eu tenho muitos assuntos em Ravnica que poderia contar com sua ajuda. - Ofertou Trizan.

O caçador nega. Diz ter outros “assuntos” pendentes e parte sem mais delongas.

Trizan lamenta, mas tem que voltar sua atenção à Ravnica. Hora de retornar. Como de costume ele dá seu passo em direção ao outro plano...

“... Estranho, eu vejo um caminho”


O processo foi estranho, algo diferente aconteceu. O mago encontrava-se em uma rua décimo distrito, conforme o planejado, mas o que foi aquilo? Não havia tempo para pensar, gritos e exclamações de guerra podiam ser ouvidos a distância. Alguns cidadãos vinham correndo na direção de Trizan.

-Você, o que está acontecendo? - Perguntou o mago em vão para uma mulher que corria com o grupo, ela estava ocupada gritando em pavor. Trizan agarra o braço da mulher por um breve instante, conectando-se à sua mente. Algumas imagens foram captadas pelo mago, mortos-vivos, pânico, guerra? O que pode ser isso???

Enquanto o grupo corria para além da visão de Trizan, uma luz brilhou perto dele e uma figura conhecida emergiu. Era Duraha, que logo também viu Trizan e questionava confuso como o mago tinha o trazido ali.

- Eu acho que de alguma forma nós dois fomos trazidos aqui, e lamento que não será para uma xícara de chá.

Lá estava o planinauta Teiven em sua cabana, cansado e refletindo sobre os atos do seu passado.

Já foi chamado de monstro, outras de assassino, porem ja foi chamado algumas vezes de heroi, mas de todos os adjetivos, o que mais escutava e como era chamado como era “O Bruto” por sua violencia e determinação.

O Bruto, estava em uma de suas cabanas em território selvagem. Havia voltado de sua última viagem interplanar a algum tempo, mas as lembranças de sua uma de suas visitas a Theros o assombrava, em específico da mais duradoura E intensa das vezes. Onde em sua mente, ele confrontava a si proprio.


Perdido em suas memórias e agonias, até que um o estrondo acontece e luzes estranhas chamam sua aten´cao para a janela de sua cabana .


Uma sensação completamente estranha tomou seu corpo ate que sua centelha que o levou a meio uma árdua e estranha batalha no centro da cidades das guildas.

- Mas que p..!!

Seres azuis com aspectos metálicos marchavam pela cidade  atacando e matando a todos, crianças, mulheres, idosos, e membros de outras guildas, além todos aqueles planinautas estranhamente reunidos."

Simba

Náusea, fumaça e barulho. Podia-se dizer ao leão que estava em casa, mas tudo era diferente e "opaco"? As construções, embora suntuosas e desenvolvidas como de sua terra natal, não reluziam aquele brilho do metal, não, eram diferentes. Definitivamente não estava em casa, seria ali o inferno? A eterna condenação do pós vida? Ou mais um truque phyrexiano? Simba tinha mais perguntas do que respostas e isso o irritava.

Ao prestar mais atenção à sua volta, o mirraniano notaria que estava no centro de uma ponte em arcos. Ao seu fundo, milhares de outras pontes em menor escala que desapareciam num interminável precipício urbano. Em cada uma delas batalhas eram travadas, bolas de fogo e aço digladiavam-se entre combatentes de outras terras, e com Simba não seria diferente.

VOOSH! VOOSH! VOOSH! VOOSH! VOOSH! VOOSH!

O som de algo cortando o ar com violência seria ouvido pelas suas costas, ao virar-se, o leonino se depararia com uma grotesca criatura ao girar uma corrente.


SCREEEEHHH!!!

Ela então produz um som agudo de sua garganta morta, e com um movimento rápido arremessa a maça estrelada e fumegante em direção ao peito do mirrariano.

Belian

Metamorfos, por sua natureza errática e imprevisível, são pouco surpreendidos; contudo, desta vez Belian estava surpreendido. Como, onde e porque? Seu plano era preciso e bem calculado, porque fora jogado em meio ao caos? As dúvidas teriam de esperar, seu corpo habituado à sobrevivência já puxara o gatilho, deveria se esconder, dimirs não são soldados, e uma batalha campal estava fora de cogitação.

Dera sorte em sua viagem, Belian aparecera no topo de um telhado de uma larga torre, cercado por telhas firmes e colunas decorativas que serviriam de um ótimo abrigo enquanto a guerra acontecia nas praças e pontes abaixo. Ele conhecia a cidade, sabia aonde estava, e que há três quadras havia um beco seguro para a cidade baixa, só precisaria chegar até ali despercebido... se fosse possível...

CRÁÁÁÁ!!! CRÁÁÁÁ!!!

Ele teria apenas tempo para escutar o gasnido seco e ver um rasante veloz, o eterno se aproximaria com velocidade e com sua foice tentava decepar a cabeça do metamorfo.


Duraha & Trizan

Negócios são negócios, e embora comumente deixem a amizade à parte, eles criaram uma improvável aliança. O caçador de recompensas era bruto e direto, não tinha grandes delongas ou sofisticações, era o que era, matar e ponto final. Certamente um plano urbano como Ravnica não era seu favorito, então não era de se estranhar que grandes manipuladores como Trizan lhe parecessem estranhos, mas desde que tivessem ouro, para ele era o suficiente. O suposto azorius por sua vez, era um homem meticuloso. Vivia a vida como um jogo de xadrez, com cordas invisíveis de titeriteiro nas peças. Estranhou a caminhada forçada pelas eternidades cegas, o que acontecera à Ravnica em sua ausência? Logo uma leitura mental lhe deu as informações que precisava, estavam em guerra, e guerras são péssimas para os negócios.

A dupla estava ao pé de uma grande torre, no meio de uma larga praça onde outrora acontecia uma peculiar feira de artesanatos, entretanto agora, só corpos e estilhaços expunham-se. Uma multidão de cidadãos corria apressada e passava por eles em pânico, a maioria feridos, fugiam de algo em meio à fumaça do lado oposto da praça. Passos pesados de pedra sobre pedra podiam ser ouvidos, ritmados um a um.

TCHOC, TCHOC, TCHOC, TCHOC!

Eles então surgiram, eram três, armados e revestidos com uma espécie de cristal azulado.


O eterno do centro parecia mais distinto, provavelmente uma espécie de líder, o mesmo então fixou os olhos fundos e azuis na dupla de planinautas, e então apontou o dedo aos mesmos. Em sincronia, os outros dois apertaram o paço em direção à dupla, o da direita correu até Trizan para desferir um corte diagonal com sua lâmina, ao passo que o da esquerda desferia uma estocada em direção ao coração de Duraha.

Teiven

Até mesmo os fortes se cansam, e assim estava Teiven. Com um currículo de batalhas e mortes de invejar os outros clãs, o gigante parecia aproveitar de um raro e merecido descanso. Sua mente parecia sofrer mais da fadiga do que os músculos, questionava-se até se sua sanidade não estaria ruindo. Perdido em pensamentos, mal compreende a luz estranha que surgia para tomá-lo, e num piscar de olhos, via-se em meio à destroços. Ruínas em toda parte, resquícios de chama e corpos aos montes, estaria em território gruul? Estranhava, os escombros pareciam recentes demais... um conjunto de vozes então chamou sua atenção do outro lado dos escombros, ao espiar notaria um trio de soldados azorius, em péssimas condições, a comemorar.

Vencemos a fera!!!!

Estavam exaustos, as armaduras amassadas e as vestes em trapos, um deles coxeava ao caminhar. Afastavam-se cambaleantes e escorando-se uns aos outros, uma pedra então rolou de um monte de entulho enorme próximo a eles.

O que foi isso?

O com elmo chamuscado perguntou, e voltou a olhar ao monte de onde saíram. Mais duas pedras rolavam, o monte parecia mover-se.

Por Azor... não é possível...

BUUUUUMMM!!!


A besta então irrompe de seu claustro, arremessando as pedras por metros, o golpe inesperado derruba dois dos cavaleiros. O terceiro por sua vez, abandona sua arma e corre na direção de Teiven, seu rosto demonstra pânico. O eterno gigante no entanto, não demonstra hesitação, e galopa feroz com suas grandes mandíbulas na direção do soldado desesperado e do gigante gruul, desejava engolir ambos em uma mesma mordida de sua bocarra.

Escudo do Mestre:

O leonino caminhava em meio a toda aquele montante de fumaça, o calor não o incomodava tanto, era até mais frio que a grande fornalha em que era caçado alguns segundos atrás; Aos poucos as construções se revelavam e a dúvida era algo impossível de surgir. Que lugar era esse, afinal? É ali o pós-vida?

Pensamento: Eu não entendo... Nada aqui nem a Mirrodin, nada aqui lembra os invasores...

Um som estranho era ouvido a certa distância, estranhamente os sentidos do leonino pareciam mais sensíveis, aprimorados, talvez. Ao caminhar mais a frente, chegando a algo que seria uma ponte, deu de cara com uma figura estranha, armadurada com algo azulado, mas com chamas que pareciam simbolizar a própria morte. Simba parou e observou, aguardou o contato, mas a figura estranha lentamente ergueu seu mangual flamejante e começou a gira-lo de forma agressiva

Sussurro: Acho que falei cedo demais...

E como um dos monstros de Phyrexia a criatura lançou sua arma em direção ao leonino, parecendo não se importar com nada além de acerta-lo e foi então que o estranho aconteceu. Cada fibra muscular do leonino parecia querer reagir, cada pelo em seu corpo transmitiu um fluxo incomum de energia, era como se o tempo ficasse lento, ele sabia que podia reagir aquilo de várias formas, seu corpo dizia que sim, que seria fácil para ele, mas havia algo mais... Era algo novo, mas ainda assim antigo, algo dentro dele... Era Mirrodin, no âmago de sua alma, dizendo que existiria sempre ali.

Simba: Não.

Lentamente a grande esfera em chamas de aproximou, a medida em que a mão do leonino se erguia na direção dela e uma energia branca parecia se chocar contra aquele montante de ferro, suprimindo toda e qualquer coisa ali presente


A medida que o clarão diminuía era possível ver ao redor do leonino pequenos fragmentos semelhantes ao pó metálico flutuando por todos os lados, a arma que instantes atrás lhe atacou já não existia mais. O mirraniano olhava para sua mão, respirando de forma calma e serena, enquanto lentamente os fragmentos pareciam convergir no ar ao seu redor

Simba: Eu sinto... Eu sinto Mirrodin em mim... E você vai pagar, aberração!

Lentamente, num brilho tão belo quanto o de antes, os fragmentos se juntavam em sua mão, pareciam unir-se uns aos outros, ao ponto de assumir uma forma familiar ao leonino, que entendia o conceito de paz, assim como o de guerra.

O caos sempre foi uma arma da guilda dos segredos. A campanha de desinformação mantinha as massas longe da verdade enquanto as deixava útil para os propósitos da guilda. Há ordem mesmo no caos e os Dimir eram mestres em estar no controle do caos mas dessa vez algo estava errado, a lua do caos brilhava forte nos céus da megalópole mas nenhum informante do deus das mil faces havia sussurrado as palavras certas ao vento


"Falha de protocolo 1508. Devo..."

Os pensamentos pragmáticos do treinado membro da guilda Dimir são bruscamente interrompidos pela ameaça aérea que se aproximava rapidamente com uma foice em mãos. Os olhos do metamorfo percebem o ataque de relance , o corpo reage rapidamente sob o comando daquele foi presa e também predador. Mas o eterno tinha a vantagem do terreno elevado.

O frio metal da foice rasga a então fina pele do braço esquerdo de Belian, um preço pequeno pela vida que se mantém. Os músculos dos membros inferiores do metamorfo enchem-se de energia e numa explosão de adrenalina, o metamorfo poe-se a correr pelos telhados. Havia uma torre mais baixa ao lado de onde o combate acontecia com uma janela numa altura compatível para um salto. E o Belian o faz. As vidraças da janela se estilhaçam causando alguns cortes em sua pele


"A criatura só terá um lugar para entrar"

"Preciso chegar a Lazav e restabelecer a ordem"

Antes que tivesse mais tempo de entender a situação Trizen percebe que à sua frente apareciam criaturas humanoides azuladas, nada que já tivera visto antes nesse plano. A conclusão parecia simples, esses eram os minions aterrorizando cidade. Não havia símbolos de nenhuma das dez guildas estampada nas vestimentas dos soldados, o que seria de costume para guerreiros vinculados à uma guilda.

Duraha também parecia estar tentando entender a situação, após avistar os estranhos soldados ele pergunta se Trizan os reconhecia.

- Esses seres não são deste plano, fomos conjurados para uma batalha. Mas como?

Sem delongas, um dos eternos aponta para Trizan e Duraha, deveria ser o líder. Como bons subordinados os outros dois soldados partem para um ataque direto. Dessa vez Trizan não tinha escolha, teria que participar da luta. Sua mão descansava sob sua adaga, um símbolo do passado ladino do mago, ele podia sentir a mana presente na lâmina implorando para ser usada. “Logo, minha querida” pensou para si mesmo.

-  Não temos tempo para análises, para trás! - Falou Trizan firmemente

A media que o eterno aproximava-se ferozmente Trizan ergue suas mãos, uma aura azulada é emanada dentre seus dedos, seus olhos tornam-se luminosos em um tom mais escuro de azul.

“Suba”


Uma parede mágica se materializa entre a dupla e os agressores, o choque das lâminas contra a barreira produz um som ressonante.

- Precisamos de um refugio! - Exclamou o mago ainda com as mãos emposição defensiva concentrando-se na ilusão.

Ciente de que a barreira se desmancharia em instantes o mago corre em recuo esperando que o caçador o siga.

Simba

Guerra e guerra, morte, fogo e fumaça. Seria esta a sina do leonino? Uma vida de batalhas intermináveis? Mirrodin ficara pra trás, agora estava em Ravnica, lutando outra luta, lutando por sua vida. A maça flamejante vem mortal em direção a Simba, mas o leão era poderoso e fazia jus à sua linhagem, com um movimento simples de mão, fez a arma do zumbi se estilhaçar em pedaços com uma poderosa luz. O Eterno rugiu furioso.

SCREEEEEEEEEECH!!!

A voz era seca e gutural, gelava a alma e exalava morte e ódio. Parecia ignorar os brados do mirraniano, bem como sua manipulação hábil dos fragmentos do metal em uma nova arma. O eterno então apressou o passo, partiu correndo em direção a Simba enquanto o mesmo brandia sua nova arma, ele corria com ódio, braços para trás e cabeça baixa.

SCREEEEEEEEEECH!!!

Parecia um touro de metal chamuscado e chamas, o eterno corria veloz pela ponte, com a cabeça baixa, parecia que ia como um aríete a derrubar seu oponente. Contudo, ao chegar a cerca de um metro próximo de seu alvo, o zumbi levanta sua bocarra escancarada, lançando uma grande labareda de chamas em direção ao leão.


VOUSHHH!

Belian

O metamorfo estava em casa, o que era de fato uma boa vantagem. Entretanto, os oponentes eram desconhecidos e implacáveis, o mestre da fuga seria bom o bastante para evitar seu algoz? O sangue dimir respingava, a ave era um oponente habilidoso, e ficar em evidência num telhado não era opção ao ladino. Belian então corree e foge, afinal era o que fazia melhor, e estilhaça uma janela ao adentrá-la, o eterno por sua vez não perdeu sua presa e voou veloz a seu encalço.

CRÁÁÁÁ!!! CRÁÁÁÁ!!!

O eterno olhou Belian em meio aos cacos, mas não perderia tempo, cada centelha lhe era primordial. Ele então pousou e abriu as asas, triunfante. E com um ruflar poderoso de asas, lançou uma chuva de retalhos de suas asas, afiados e mortais como lâminas de aço que iriam como uma chuva na direção de Belian.


CRÁÁÁÁ!!! CRÁÁÁÁ!!!

Duraha & Trizan

Dois contra três, a desvantagem numérica já fez diferença em muitos combates, mão seria desta vez, o caçador e o mago eram habilidosos e asseclas não seriam páreos para suas habilidades combinadas. Dois do eternos então partiram com passos firmes, suas lâminas vão certeiras, mas acertam com um som oco os tijolos de mana conjurados por Trizan.

GRRRR!

Não obstante, a dupla improvável não parou por ai, Duraha mostrou a que veio e liberou uma potente flecha trovoada. O eterno líder era experiente, e saltou para o chão evitando o projétil que ribombou e estourou atrás da criatura que levantava satisfeita. A dupla de zumbis então olhou para seu líder, que fez uma movimentação estranha com as mãos, os dois eternos entenderam com segurança.

Eles então partiram novamente, o eterno com a lança correu pera lateral direita em arco, ao passo que o outro o fez pela esquerda. Pararam aos flancos da dupla de planinautas com as armas em riste. O líder, por sua vez, levantou as mãos aos céus, e com um cântico numa língua desconhecida começou a emanar uma aura esverdeada, que logo surgiu em volta da dupla armada.

ORAAAAAAHHH!

Eles então recobertos pela aura, pareciam maiores e mais poderosos, com músculos mais definidos. o primeiro tentaria alvejar Trizan na altura do tórax o outro miraria nos joelhos de Duraha.

Teiven

Uma batalha de gigantes acontecia no paço norte, não se poderia dizer outra coisa do gruul contra o feroz hipopótamo. A fera era enorme e recoberta de um resistente metal cristalino e resistente, ao paço que Teiven era força e músculos. O mesmo não poderia se dizer do trio azorius, afinal, a lei não era exatamente muito efetiva numa guerra. Dois jaziam soterrados, e um em pânico.

Socorro! A fera é invencível! Corra por sua vida!

A voz rude então ate assusta o jovem azorius, que não tem outra opção senão concordar.

S-sim s-senhor!

E então tudo acontece rápido, a fera vem em galope rápido e pesado, o soldado então com medo se joga ao chão.

ROARRRR!!!

Os passos batem secos no chão duro, os ladrilhos se estilhaçam aos montes, o hipopótamo segue certeiro parecia um alvo certo e....

BLAMM!!

O machado de Teiven acerta a bocarra de seu agressor, dois dentes partem no processo, a ferra urra mas sua marcha segue débil e vacilante, obviamente não houve tempo pro gruul, o eterno gigante vem em sua direção como um projétil pesado e cai pesado sobre o corpo de Teiven, morto.

S-senhor! S-senhor!

O prelado azorius então vem cambaleante, e saca de uma algibeira de sua armadura um extenso pergaminho.

É-é proibida a utilização de armas não catalogadas neste setor, com o agravante de abater uma besta selvagem em passeio público... P-por favor se entregue... Devo encaminhá-lo ao Prahv...

Escudo do Mestre:

O leonino empunhava a cimitarra com força, era algo jamais antes sentido, uma sensação de união com cada mínima grama da lâmina que ele carregava, como um fluxo interminável e incessante de energia vital; Seja lá o que tenha acontecido para leva-lo para aquele lugar, despertou algo dentro da alma do leonino, que neste momento quase fechava os olhos de tanta paz interior. Ele lembrava-se de quando ainda era filhote e ouvia as histórias sobre seu pai, que liderou os khans a vitória durante a primeira das grandes guerras de seu mundo, mas que desapareceu no processo

Sussurro: Serei tão grande quanto você, pai... E salvarei nosso lar!

Seus olhos se abriram em frente as chamas, a paz que sentia se mesclou com a energia vinda da lâmina, se externando como um campo de energia ao redor de todo seu corpo, protegendo-o das chamas que se espalhavam ao redor de si


Após as chamas se esvaírem o leonino avançaria em direção ao seu agressor, com a intenção de, em um salto mortal, decepar a cabeça do monstro em sua frente

Apesar do salto bem sucedido, o adversário continuava no encalço de Belian. O vento entrava forte pela janela quebrada e os cacos de vidro estremeciam no chão da sala com o bater de asas do predador que se aproximava. Os olhos de Belian estão fixos na janela quando a demente e imponente besta alada pousa na janela e dispara uma saraivada de retalhos perfurantes na direção de Belian.

"A morte é uma estratégia, já dizia Teysa"

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH

Enquanto gritava como uma antecipação a morte certa, os hábeis dedos do ladino Dimir teciam a mana preta e azul ao seu redor que por sua vez traziam a essa realidade um clone idêntico de sua forma atual. Um pacto profano selado entre o deus das mil faces e os pesadelos do sonhar.


A marionete surge na frente de Belian momentos antes dos retalhos perfurantes atingirem o até então imóvel metamorfo. As laminas penetram na carne da marionete e o sangue jorra pelo recinto numa carnificina digna de uma oferenda Rakdos. Enquanto a marionete perdia a vida Belian habilmente se mimetizava com ambiente usando a marionete como um chamariz de atenção e cobertura. Uma manobra que Belian batizou de:

"Despir da realidade"


O corpo da marionete agora jazia no chão sobre os cacos e uma poça de sangue, em seu peito pulsava uma energia cintilante tal qual existia em Belian. Belian por sua vez, agora invisível, aguardava a aproximação de seu algoz. Com a lamina envenenada em mãos era a hora do assassino se tornar o predador.

A ilusão criada por Trizan tivera sucesso limitado. Foi o suficiente para evitar a primeira investida, mas rapidamente os eternos vinham para um segundo ataque.

-Parece que não temos escolha, esses tolos perseguem a morte. - Disse Trizan a Duraha enquanto se voltava para o guerreiro azulado que marchava em sua direção.

O, presumidamente, mestre dos minions azuis então começa a conjurar um feitiço, aparentemente uma aura verde.

“Então temos um mago aqui, ótimo, meu tipo preferido de adversário” Pensava Trizan sorrindo maliciosamente.

A medida que o, agora musculoso, eterno se aproximada, Trizan começava sua conjuração…

- Whoosh!

A lâmina do atacante atravessa o abdome do mago…

Porém não havia sangue, tão pouco qualquer reação de dor. Lentamente a imagem do mago começava a se desfazer no ar.


O verdadeiro Trizan encontrava-se atrás do clone que ele havia conjurado como distração ao atacante, pronto para o contra ataque.

Trizan concentra-se em seu alvo, mana azul começa a circular seu corpo e move-se em direção ao eterno que o atacara, Trizan estabelecia uma conexão entre as mentes… Uma mudança de mestre para o marionete a sua frente!


Controle Mental era conjurado pelo mago no soldado a frente. Uma vez que o aura era conjurada, Trizan transmitia uma mensagem ao eterno, telepaticamente “Seu velho mestre deve morrer” comandando um ataque ao terceiro eterno que mantinha-se distante da batalha.

Simba

A onda de chamas era enorme e se espalhava no ar, o cheiro era de enxofre, parecia vindo das profundezas dos poços do inferno, não havia saída evitável para Simba. Contudo, heróis nunca desistem, e o sangue heróico de Raksha pulsava forte nas veias do leonino, e misturado a ele, uma centelha de poder. A esfera protetora então envolvia o mirraniano, as labaredas lambiam a mágica e desapareciam no céu. O eterno fitava furioso a falha de seu golpe.

GRRRR!!!!

Rosnava ferino, e ainda enquanto levantava a cabeça pôde observar estupefato o salto de seu oponente, Simba era um guerreiro hábil. A lâmina então brandiu o ar, o zumbi desajeitado por sua posição, tentou um movimento débil entre um esquiva e um giro, evitou o corte, entretanto, seu pé esquerdo errou a borda da ponte aonde estavam...

E caiu...

GRAAAAAAAAAHHHH!!!

A massa azulada e esfumaçada ia com suas correntes, rumo ao impacto certo contra a outra ponte dezena de metros abaixo. Mas ele era um eterno, elite de correntes de Amonkhet, e não se daria por vencido tão facilmente.


A corrente rompeu o ar com fúria, e como um bote de píton, se enrolou com precisão no tornozelo do leonino. O puxão o faria cair no abismo junto de seu algoz.

Belian

Caça e caçador, o provérbio sempre cita a eterna alternância entre os seres que desempenham tais papéis, mas não para os dimir. A guilda dos segredos nunca era perseguida ou vigiada, eles sim eram os mestres dos rastreadores e do encalço, e não demoraria para Belian assumir o papel que lhe cabia. A manobra fora poderosa e sutil, digna de um mestre da dança das sombras. O manequim era perfeito, uma cópia idêntica de seu conjurador, exceto pelo fato de parecer agora um boneco de vodu sem sorte em meio à uma poça de sangue.


CRÁÁÁÁ!!! CRÁÁÁÁ!!!

O eterno comemorava satisfeito, havia sido um presa afinal. Ele então rodeava o corpo com um vôo lento em círculos, aonde estava a centelha a ser coletada?

CRÁÁÁÁ?

A besta alada parecia confusa, e então pousou e com passos lentos se aproximou da cópia massacrada ao chão. Tocou de leve o tórax do cadáver com suas garras, não parecia convencido, faltaria uma fagulha de vida ainda no metamorfo? O aviano então levanta sua foice, e com um golpe direto, visa o pescoço da cópia caída, para decepar-lhe a cabeça e quem sabe de uma vez conseguir coletar sua centelha.

Duraha e Trizan

A luta seguia em desvantagem numérica, três contra dois não parecia muito, mas estávamos falando de três campeões de Rhonas, estariam os planinautas condenados a morte pela força? A habilidade sempre vencera a força, e astúcia não faltaria a dupla de mercenários. A primeira espada vem firme, e acerta seu alvo, mas como bom dimir, Trizan mostra-se um manipulador de sombras e sai ileso. Duraha não tem tanta sorte, parecia ser exímio em combates de maior distância, e com uma esquiva é alvejado pela lança do eterno, que sorri satisfeito.

O eterno líder então faz um novo sinal de mãos, parecendo incentivar mais fúria a seus asseclas. O eterno com a lança responde com um aceno de cabeça, ao passo que seu companheiro parece confuso, paralisado em sua posição.


Ele então apenas movia seu pescoço calmante, variando o olhar entre Trizan e seu líder.

KAAAAAABRRRRRRRRUUUUUUUUUUUMMMM!!!

O caçador não tinha tempo pra sutilezas, e o barulho do impacto certeiro de sua flecha parecia irritar ainda mais o líder zumbi, que remexia os braços e gritava num idioma desconhecido, enquanto se aproximava com passos rápidos.

CRATASH! CRATASH! CRATASH!

O eterno da lança jazia caído com o peito aberto ao chão, enquanto seu companheiro permanecia paralisado em sua posição, agora olhando fixamente ao líder.

CRATASH!!!!

O grito de ataque era ríspido, e logo fora atendido. De sopetão, o eterno com a espada desfere um golpe contra seu mestre. O mesmo desprevenido, leva um golpe no peito e cai para trás, com parte do lazotep estilhaçado, mas logo se levanta ajoelhando e recoberto de uma intensa concentração de mana verde.

MEREKITH! INDRAH!!!

A mana então sai de seu corpo. E toma a forma de um gigantesco vorme.


ROARRRRRRRRR!!!

Teiven

O bárbaro era enorme e mais uma vez provara sua força, com um lançamento de seu poderoso machado conseguira derrotar com facilidade o robusto eterno. Mas a vida nunca era fácil para um gruul, e mais uma vez Teiven utilizava de seus músculos para se livrar do claustro do pesado cadáver e ao passo que o fazia ouvia a ladainha do soldado azorius.

E-escroto senhor? Estamos a falar de Nova Prahv s-senhor!

Ele então percorria os olhos em seu longo pergaminho.

D-desacatar ao nome da sede da suprema lei lhe confere mais uma multa...

O corpo do hipopótamo é então despejado sobre o soldado, que estupefato tenta em vão falar entre o esmagamento e seu longo pergaminho enrolado. Teiven então parte pelo pátio ignorando o representante da ordem.

...

Ao cruzar uma pequena ponte, o bárbaro daria de frente para uma pequena guarnição boros, ao redor da mesma e em suas ameias, alguns corpos de eternos poderiam ser vistos, boa parte em pedaços ou chamuscados. De cima de uma pequena janela, três soldados boros, um veterano e duas cadetes empunhavam espadas flamejantes com alguma bravura. Suas armaduras e vestes parcialmente destruídas. Ao pé da guarnição, meia dúzia de ogros e robustos humanos gruuls utilizava uma coluna como aríete, batiam com força no portão da construção.

BLAM!... BLAM!... BLAM!

Riam enquanto os choques aconteciam.

Prepare seu testamento velhote! Sua capa me servirá de toalha nesta noite! Hahahaha!

E qual das duas ai vai dançar com o papai aqui? Hahahahah!

Então um goblin pequeno, e sem uma das orelhas, estava montado no ombro de um dos ogros, ele notou Teiven se aproximando.

Hei grandão! Nos dê uma mão aqui? Pode ficar com uma delas se quiser! Hehehe! Além disso há aço o suficiente pra armar umas duas tribos lá dentro!

O castelão por sua vez, parecia mais pálido ainda ao ver o gigante se aproximando.

Não sejam imbecis! Estamos em guerra! Devemos lutar contra os invasores!

O grupo gruul ria.

Cale a boca velhote! Já se mijou todo em suas ceroulas? Hahaha! Enquanto houver uma parede em pé, nós gruul vamos a derrubar!

Escudo do Mestre:

O truque de Trizan funcionara, o eterno estava sob seu controle. Um golpe certeiro contra seu mestre causa um dano significativo, porém o líder não estava derrotado. Uma imensa quantidade de mana verde expelida por seu corpo toma a forma de um gigantesco vorme. A criatura colossal fazia todos os combatentes ali parecerem formigas.

“Merda…”

- Eu já vi um desses antes, algumas guildas deste plano comandam criaturas similares. Precisamos eliminar seu conjurador - Instruía Trizan, olhando para Duraha - Porém, essa criatura pode nos esmagar como baratas... Precisamos de alguma proteção... De um manto…

Trizan liberava mana azulada por todo seu corpo, essa mana ascendia, como que por convecção, e rapidamente se dispersava por todo quarteirão tomando a forma de uma névoa intensa.


A névoa era mais densa a partir de cerca de 3 metros de altura, de forma que a visibilidade no solo era apenas levemente prejudicada. Não era possível, no entanto, enxergar a maior parte do vorme.

- Agora, com o poder concedido a mim pela guilda Azorius esse mago está condenado à morte. Caçador, faça as honras.

Enquanto falava, Trizan concentrava uma certa quantidade de mana branca, que logo avançava em direção ao solo, próximo ao líder eterno. De lá, diversas correntes brilhantes se projetavam em direção aos membros do inimigo visando sua imobilização.


O eterno controlado por Trizan, por sua vez, continuava com sua tarefa de eliminar seu antigo líder, marchando em sua direção visando perfurar seu peito agora desprotegido.

Apreensão...teriam sido os movimentos de Belian precisos o suficientes? O invasor alado sobrevoava o cadáver como um abutre  esperançoso em saborear uma carcaça, mas a besta para.

"Não é possível!"

A criatura parecia desconfiar da farsa, o coração do metamorfo ameaça acelerar mas os treinamentos Dimir o relembram dos nervos de ferro.  A adaga estava pronta para banhar-se em sangue a qualquer momento e então o eterno toca o corpo e prepara sua foice para tirar todas as dúvidas sobre a morte da marionete. O alivio imediato toma conta de Belian

"É agora, ficará exposto e será um abate fácil"

A besta alada empunha a foice como alguém que um dia tivera maestria espetacular, daquela adquirida através de muito treino mas somente alcançada por aqueles com um talento natural, o olhar mais atento do metamorfo captou ainda uma expressão de angustia na criatura. Belian então é inundado por uma curiosidade e empatia incomum aos membros de sua guilda.

"Não está no controle"


A foice então decapita a marionete tirando qualquer possível dúvida sobre a vida daquele ser

Durante a execução Belian sutilmente conjurou Elo Vampírico sobre o outrora habilidoso guerreiro. Isso lhe daria de tempos em tempos um relatório mental sobre as emoções da criatura, estado da mente e do corpo, acesso as memórias das mais recentes para as mais antigas e acesso único e temporário sobre os sentidos da criatura que caso fizesse quebraria o vinculo.


"Informação. Chegarei a Lazav e ajudarei a reestabelecer o controle Dimir sobre o caos"

Belian então se põe a descer furtivamente as escadas até encontrar uma entrada escondida para o submundo de Ravnica. Ali se sentiria em casa!

O leonino ainda era um filhote quando os invasores chegaram a sua terra, ele não tem muitas memórias boas daqueles tempos, pois todas que sucederam a praga foram tortuosas o bastante para sobrepujarem qualquer coisa boa de antes, mas ele se lembra bem das antigas histórias dos anciãos, eles falavam de enormes golens metálicos, que surgiam dos biomas sob os sóis, eram enormes em altura e essa era sua maior vantagem e também sua maior fraqueza

Simba: Quanto maior você é, maior será a sua queda!

Ele falava com certo ar de sabedoria, como se fossem os próprios anciãos contando a história. O eterno não teve sua cabeça arrancada, mas cambaleou na ponte e, com um pisar em falso, caiu pela sua lateral, para uma queda que certamente lhe tiraria a vida. O leonino apenas se aproximou a beirada, para ver a queda de seu oponente, e isso certamente lembraria de outro ditado, em outras terras

Sussurro: Droga!

A corrente se enrolou em seu pé e antes dele sequer pensar em usar qualquer artificio arcano, seu corpo fora puxado com ferocidade para baixo, dando-lhe tempo apenas de segurar firme sua cimitarra e usar sua agilidade felina para virar-se de frente para a criatura. Se ele teria uma chance ali, seria usando o corpo de seu agressor para evitar danos maiores. Tentaria se aproximar dele, para fincar sua lâmina em seu peito, para aguardar o momento certo da queda para saltar para trás e evitar danos maiores

Simba

Um golpe bem dado e um golpe de azar. Simba mostrara como era um exímio manipulador de metais assim como seu pai, e um excelente guerreiro como o seu plano atualmente exigia, todavia, o exército de Nicol Bolas parecia tão treinado quanto ele, e com firmeza a corrente enganchou no tornozelo do mirraniano, e a queda veio em seguida.

GRAAAAAAAAAHHHH!!!

O zumbi ainda grasnava e expelia chamas pelos olhos e boca, parecia satisfeito com seu golpe. O leonino por sua vez, não se deu por vencido, e utilizando a gravidade à seu favor, conseguiu se aproximar de sua presa. Logo abaixo, uma ponte de pedra se aproximava, o impacto seria fatal, talvez para ambos. O eterno não se importava, a sua meta era a centelha de Simba para seu mestre dracônico. Já o mirraniano sabia que situações extremas exigiam medidas extremas, e que se fosse para morrer, que fosse como um mártir. Ele então brandia a cimitarra, mirando um golpe.

ROKIRAH MITRAYAH!

O eterno então proferiu um grito em uma língua desconhecida, seus olhos começaram a derramar mais chamas, sua boca a se tornar uma fornalha, seu corpo em linhas incandescentes. A lâmina de Simba então tocou o corpo do zumbi, que em seguida explodiu como uma bomba arrasa-quarteirão no céu. Havia mais chamas no céu de Ravnica.


BUUUUUUUUUUMMMMMM!!!

Belian

Dissimulação, a melhor arma dos metaformos e a melhor arma dos dimir, e Belian, por sorte, era ambos. O eterno inconformado remexia o cadáver de sua efígie, e então com um corte preciso tratou de tirar sua dúvida. A cabeça da criatura rolou seca entre o piso com resquícios de palha daquele campanário.

CRÁÁÁÁ?

Mas nada de centelha, o zumbi já havia ceifado dois planinautas e capturado aquele brilho incomum que os diferenciava, e ele jurava que havia sentido a presença dela neste ser, inclusive parecia que ainda a sentia perto... assim como um tilintar e uma tontura estranha. Belian entrava na mente do eterno.

De início uma câmara escura e fria, mas seca, com areia ao solo. Com um pouco de concentração, o dimir adentrou as paredes daquele íntimo, eram várias salas, todas feitas de lazotep frio e estilhaçado, como se aquela mente fosse um vazio fragmentado. Não haviam emoções, não haviam pensamentos, nada... até que uma forma particular de grandes chifres chamou a atenção em um púlpito, ao se aproximar a mente de Belian seria atingida por uma enxurrada de imagens.


Algumas poderiam fazer sentido para o metamorfo outras não, o que ele notaria de fato é que eram fugazes e incompletas, como restos do que um dia foi uma memória em si. Enquanto mantinha sua leitura da mente, o dimir descia furtivamente por um alçapão que notara próximo à dois montes de palha, o mesmo dava em uma escada circula estreita, que serpenteava pela torre. Depois de alguns minutos de passos, Belian veria uma pequena janela, da mesma podia observar abaixo uma sacada, nela haviam três soldados boros. O mais alto, de aparente melhor patente portava uma capa e um elmo pontudo, em seus flancos suas jovens cadetes, pareciam interessados e gritando com alguém abaixo das ameias.

Duraha e Trizan

Afinal a improvável dupla parecia melhor do que seria esperado. Com um misto de habilidade e técnica, os dois planinautas não só abateram um dos oponentes como trouxeram um terceiro para seu lado, além de ferir o líder dos algozes, a vitória parecia certa. Mas numa guerra, todo segundo importa, e a mudança da maré da vitória é inconstante e caótica. E logo um gigantesco vorme fora convocado, a praça suspensa parecia servir o seu prato principal, Duraha e Trizan.

ROARRRRRRRRR!!!

A criatura colossal rugia feroz, mas o astuto dimir não perde tempo e inicia a conjuração de uma potente cortina de névoa visando obstruir e proteger ele e seu companheiro que se levantava do chão, limpando suas vestes desajeitadamente. Trizan então mirou o conjurador com uma magia restritiva, ao passo que Duraha aproveitava para disparar uma potente rajada de plasma contra o líder que, agora atento, se esquivava do golpe com kopesh de seu outrora aliado.

O eterno sorriria se sua face permitisse.

Os grilhões de mana irromperam do chão e prenderam seus punhos, ele não pareceu importar-se. Pelo contrário, afastou as pernas e dobrou os joelhos, assumia uma posição de combate ainda que preso.

BRINDAHK!

O corpo do eterno então começou a ser circundado por linhas sinuosas esverdeadas, a marca de Hapatra se completara ao passo que o projétil luminoso chocou-se contra ele.

BUMM!

A fumaça logo se dispersou, revelando o líder intacto enquanto as marcas desapareciam de seu corpo.

CRATASH!!!!

Ele gritou, e o vorme rosnou em resposta.

ROARRRRRRRRR!!!

Os vormes, tais como quaisquer minhocas ou criaturas subterrâneas, não tem um senso de visão muito desenvolvido, pelo contrário, utilizam de seus outros sentidos apurados para caçarem ou se defender. Ou seja, com névoa ou sem névoa, não fazia diferença para a enorme criatura. Trizan deveria ter lido menos autos processuais, e mais tomos druídicos. A fera colossal então se move, e com a bocarra escancarada dá sua investida, visando engolir a dupla de planinautas em uma só mordida.


Seu controlador por sua vez, entoa novamente cânticos, e seus músculos explodem. Os grilhões luminosos caem ao chão.


Teiven

Combate, socos e pontapés eram a especialidade gruul, quando não o próprio vandalismo e a demolição. O raciocínio da guilda era simples e eficaz, temos um problema em nosso caminho? Basta quebrar ele e seguir em frente. Dilemas morais por sua vez, eram mais complexos, os clãs faltavam em diplomacia e diaólogo. Os dentes serviam apenas pra morder e as línguas para serem cortadas. Gruuls odeiam discursos. Teiven contudo, já era um guerreiro experiente, e a maturidade pareceu dar-lhe mais chance a questionar quais conflitos realmente deveriam ser lutados e quais evitados, mas estava pregando aos gruul, e era como pregar aos peixes.

Como é? Tanto faz se são azuis ou prateados! Temos de matar e saquear todos!

O goblin respondia a gigante, o sexteto então parou o aríete e olhavam alternando para Teiven e ao goblin, seus rostos exibiam um misto de confusão e tédio.

E deixar esta guarnição vulnerável para trás? Agora que temos a melhor chance de todas?

Alguns membros concordaram com a cabeça, o ogro da ponta largou o aríete e começou a arrebentar a porta da guarnição com sua clava. Dois humanos cruzaram os braços fortes para prestarem mais atenção. O segundo ogro olhava fixamente aos boros acima ignorando a discussão, ao passo que o ogro que carregava o goblin fitava com ódio Teiven, e falava.

Jaharg acha que gigante fala demais e quebra de menos...


Aprendeu aonde a ser gruul? Num palácio orzhov usando um vestido? Qual seu clã? O das maricas?

O goblin caçoava e provocava Teiven, e então desceu com um salto do ombro de Jaharg para o lado dos humanos. O ogro por sua vez aproximou-se de uma estátua de Razia que adornava uma das colunas da guarnição e a arrancou, a brandindo como um arma.

Jaharg Esmagador vai mostrar argumento para gigante...


E então partiu com passos pesados para um feroz ataque, tentaria acertar as costelas de Teiven com um potente golpe lateral com a estátua. Os boros permaneceram calados, escondidos atrás de suas espadas de fogo.

Escudo do Mestre: