Aventura - Horas Antes do Fim

Trizan sorri em meio à queda, pois achara um aliado Dimir. A troca de informações entre os dois revelou que o papel de cada um na guilda era muito diferente. Belian parecia ser um investigador pragmático, que adentrava carne e mente à procura de respostas. Trizan, por outro lado, participava do jogo político, um jogo de poder, e também de feitiços e encantamentos, sendo este último sua especialidade.

O corpo de Trizan chega ao solo, mas seu aliado havia preparado sua chegada, um túnel de mana negra amortecia sua queda como um elástico. Trizan sentia a energia cinética de seu corpo sendo usada para atravessar aquele portal, como se viajasse por um líquido viscoso. Aos poucos a velocidade diminui, e quando parecia que Trizan ficaria para sempre preso naquele tudo de escuridão profunda… Puff! Instantaneamente, como uma bolha estourando, a luz de Ravnica invade seus olhos. O mago cai de costas em meio ao grupo de estranhos. Apesar do desconforto, a queda não causou grandes danos ao senador.

Trizan levanta-se rapidamente, tentando recompor sua compostura. Parecia que esse dia não reservaria muitas poses gloriosas para ele. O mago volta sua atenção para o metamorfo, revelando um pequeno pingente em seu peito onde o símbolo da guilda Dimir era estampado. Apenas membros da guilda podiam vê-lo, outros veriam somente uma bijuteria qualquer. Telepaticamente ele sauda Belian.


“Quem são os agentes dos Dimir? Todos. E ninguém.”

Voltando em seguida para o estranho grupo Trizan proclama

- Me parece um grupo adorável de heróis. Eu sou o Senador Trizan Trevor, autoridade da guilda Azorius. Tendo dois neurônios funcionando você deve ter notado que estamos sob uma invasão. Mais do que isso, está claro que eles não são deste plano. Infelizmente eu fui trazido despreparado de volta à Ravnica. Eu assumo que vocês tenham um plano, e não estão perdendo tempo julgando o gruul, por mais desesperado que seja a ideia de lutar ao lado de um… - Disse Trizan olhando com desconfiança para o gigante - Já temos uma baixa? - Finalizou olhando para Iris.

Trizan avança para perto dos arqueiros, onde podia observar o exército marchando.

- Não está na minha agenda hoje morrer para o exército da cianose.

Simba, Belian e Teiven

A guerra da centelha seguia violenta, inundando os corredores e pontes, os eternos pareciam como uma grande enxurrada. A praça à frente da guarnição boros, era rapidamente tomada, Ralff e Klarkk jaziam como um monte de carne morta ao chão, pisoteados e desfigurados. Ao passo que o ogro e o goblin tinham seus corpos perfurados por dezenas de lanças enquanto suas gargantas lançavam um grito sem som.

CHAK! CHAK! CHAK! CHAK! CHAK! CHAK! CHAK! CHAK! CHAK! CHAK!

Mas a marcha não cessava e na sacada das ameias, a resistência se organizava. O gigante gruul Teiven surgia teleportado por Belian, que assumia uma posição de organização e recrutamento. Já Simba, como um verdadeiro líder de guerrilha, partia para junto dos soldados boros para organizar o contra-ataque. As flechas boros alvejaram meia dúzia de eternos, mas o formigueiro de zumbis parecia multiplicar-se.

Qual seu plano leão?

Precisamos de um milagre! Que a luz de Aurélia nos banhe!

As recruta boros se prendiam a fé para manter sua coragem, suavam e tremiam por baixo das armaduras, mas mantinham a firmeza, não decepcionariam o castelão.

Mira firme cadetes! Mirem nas cabeças!

O leonino então traçou um estratagema, e utilizando de seu força sobre-humana levantou o caldeirão de óleo.

O que você está...?

SVAAAAAAASHHHHH!!!

O mirraniano então despejou o conteúdo abaixo, banhando boa parte da primeira fileira dos centuriões mortos-vivos, derrubando os primeiros no impacto e outros pelos tropeções no chão untado. Simba então deu a ordem, Aisha e Lysa se entreolharam, e assentiram retesando as cordas.

ZUP! ZUP!

As duas parábolas incandescentes cruzam o céu escuro e trovejante, e, ao mínimo toque do óleo, as chamas famintas engolem os invasores de Amonkhet.


VUOOOOSHH!!!

Trizan e Belian

Combate direto, montaria e queda livre, talvez fosse o dia mais atípico da vida do senador. O conforto dos despachos e sussurros dera lugar à zona de guerra, e as coisas não pareciam que iam bem, o mago ia em queda livre certa que tinha como alvo o piso frio de mármore como melhor das hipóteses. Precisava de um milagre, e este viria como resgate de sua guilda. Os dimir são uma guilda secreta em diversos níveis, ao passo que membros, mesmo de categorias iguais, não conhecem suas identidades. Contudo, a situação excepcional de emergência tinha suas próprias regras, e o contato com Belian seria sua salvação.


O vínculo fora aceito, e o pagamento foi ao modo da guilda, um favor por um punhado de segredos. O corpo de Trizan então é envolvido por um vórtice de mana negra, o trajeto seria tortuoso e um pouco nauseante, ainda mais pela presença concomitante de um eterno morto junto ao senador.

Simba, Belian e Teiven

O incêndio corria rápido entre as primeiras fileiras de eternos, que agonizavam ao chão. Neste ponto Teiven ambientava-se, estava cercado por ravnicanos e planinautas, todos menores que ele mas aparentemente habilidosos.

O que podemos fazer? Sobreviver! Supondo que você não tenha invadido nossa guarnição para nos destruir por dentro...

Aisha usava um tom ácido, tinha um péssimo passado com encontros com os clãs, e todos terminaram em morte e dor.

Combatemos com nossas armas e nossa honra gigante! Por Ravnica!

Lysa era mais sutil, mas também desconfiava da lealdade de Teiven.

O céu então começa a remexer com nuvens negras, com estalidos metálicos e raios poderosos, pareciam em sintonia com os movimentos arcanos do gruul. O capelão olhou para o céu temeroso.

Primeiro gelo? Agora uma tempestade? Que diabos?!?

O pragmático veterano fez um prece silenciosa aos anjos de fogo, enquanto puxava o seu arco embebendo no odre de óleo próximo. Seus cabelos grisalhos batiam ao vento, seus olhos arregalaram-se com a cena que viu em frente.


KRAKA-BOOOOOOM!!!

A poderosa tempestade elétrica rebomba com poder, arrebentando o meio do pelotão de eternos, o som fora tão poderoso quanto o impacto, e a falange já despedaçada, via membros de seus eternos voarem chamuscados rumo ao precipício abaixo, ao passo que uma cratera nascera.

Duraha

A rajada de trovões fazia barulho por todos os cantos da fortaleza, até no canto aonde o caçador experimentava como era ser uma caça. A corrente elétrica se esticava e estalava conforme o aviano alçava vôo, ele gritava e chacolalhava, as penas metálicas caiam aos montes.

CRÁÁÁÁ!!!! CRÁÁÁÁ!!!!

Duraha precisava ser rápido, a altura do vôo do eterno diminuia, ele palpava seus bolos e algibeiras, uma corda com gancho fora encontrada. Lá embaixo o pelotão de eternos chegava próximo ao paredão posterior, com suas lanças em punho eles olhavam curiosos para a definição da manobra do ikoriano. Ao passo, que um pequeno destacamento atacava a corrente outrora conjurada por Trizan para livrar o eterno alado.

CLANG!

O gancho prendeu com forma no parapeito largo da janela, logo a corda fora esticada pelo puxão do aviano que se contorcia, deixando Duraha içado entre a corda e a corrente.

CRÁÁÁÁ....

Então após um surto convulsivo, o eterno perde as forças e despenca em queda livre, o puxão fora forte, arrancando a corrente elétrica e o cinto do caçador, sua fivela estourara. Não era um bom dia pra Duraha.

IMERIAKAH!!!

Lá embaixo, um eterno com aparente liderança dera a ordem, os eternos então pararam e depositaram suas lanças ao chão.

PARKINAH!!!

Eles então voltaram a correr, com velocidade e ao chegarem próximos ao paredão começaram a escalá-lo rápido como aranhas próximas ao bote, lá em cima, Duraha pendia pendurado numa corda fina em seu máximo potencial elástico. Definitivamente, não era um bom dia ao caçador.


Simba, Belian, Teiven e Trizan

O front parecia um pouco melhor que a retaguarda, os eternos dispersados e queimados reagrupavam-se com dificuldade, perto da metade deles fora dizimada. Os líderes bradavam ordens de agrupamento.

MIRIDAH! MIRIDAH!

Nas ameias, o senador recém-chegado aproveita para tecer um discurso, apesar da política e da aparente tentativa de afirmas sua autoridade, faz apontamentos importantes, deveriam ser um grupo. Ele termina suas palavras referindo-se a Iris, que neste momento começa a tremer seu corpo numa aparente convulsão. A planinauta azorius chacoalha seu corpo e então abre os olhos cheios de luz, olhando para um ponto vazio no céu.

Serpente... poder... lobo...

Ela balbucia palavras aleatórias, como num transe.

Serpente derruba a torre... Dragão cai...

Seus olhos brilham mais intensos.


Lobo devora mortos.... Lobos devora vivos...

E desmaia novamente em seguida. Neste ínterim, os eternos voltam a formação em falange.

AZAGAI!!!!

Eles então se reposicionam, e sacam as lanças, e no comando, as primeiras quatro fileiras atiram suas lanças, como projéteis na direção dos ocupantes da sacada das ameias, como uma chuva de lanças mortais.

Mapa:

Escudo do Mestre:

Trizan observava seus “companheiros” investirem contra o exército invasor. O gruul demonstra não apenas força bruta, mas um manejo arcano que causa destruição em massa. Enquanto isso, o leonino, que não parecia ser desse plano, consegue incendiar a linha de frente dos adversários. A nossa batalha havia começado.

“Duraha seria útil aqui” Pensava Trizan observando os arqueiros. Ele não imaginava um destino gentil para o caçador, mas infelizmente não havia tempo para missões secundárias.

-Serpente... poder... lobo… Serpente derruba a torre... Dragão cai…

Iris cuspia palavras, quase que aleatoriamente, voltando imediatamente ao seu estado de transe.

- Então está viva… Isso é uma mensagem… - Trizan suspeitava que aquelas palavras podiam ser mais do que balbuciamento.

Trizan agacha-se perto da maga, examinando seu rosto. Ignorando, por um instante o caos ao seu redor. Mas isso era um privilégio que não existia no meio de uma guerra, logo expressões de terror eram ouvidas vindo de algum dos arqueiros à medida que uma chuva de lanças viajava de forma voraz contra o grupo.

Trizan agarra Iris, e tenta movê-la o mais rápido possível, buscando abrigo próximo ao gigante.  

- Gruul, preciso que você seja nosso escudo! - Dizia Trizan, seus olhos brilhavam e sua mão era estendida em direção a Teiven fazendo com que feixes de luz envolvem o corpo do gruul


Sua armadura, armas e escudo brilham intensamente. Uma poderosa aura de fortificação amplifica o poder e resistência do gigante. Em particular, seu escudo agora possui uma intensa camada mágica capaz de repelir agressões.

-Minha bela adormecida, eu preciso que você me conte o que está acontecendo com você… - Dizia Trizan, segurando a nuca da azorius mantendo seu rosto próximo a dela. O mago tentava estabelecer alguma conexão entre eles, no intuito de entender sua mensagem ou o motivo de seu colapso.

O aviano acorrentado por Duraha finalmente cai, puxando o caçador rumo ao chão da guarnição. O impacto era violento e ele não sabia se sua corda iria funcionar.
O som de todo o ambiente desaparece. Com ele, a visão do caçador fica turva... até finalmente apagar.

...
...
...

Duraha se via em Ikoria, nos parapeitos da cidade fortificada de Drannith. Vestia seu uniforme militar enquanto contemplava o panorama local. As planícies ensolaradas de Savai trazem uma brisa amena e calma. no qual o caçador podia sentir tocar seu rosto. Estava com o cabelo e barba feita. Não usava mais aquela pesada máscara de ferro, estava em paz.

A calmaria é cortada por um uivo em plena luz do dia. Não um uivo amedrontador e pesado, mas para os ouvidos de Duraha eram doces e melancólicos. Ele conhecia aquele som com o fundo de sua alma.

-Como eu sinto sua falta...

Lágrimas caem no parapeito. De longe, o caçador consegue avistar uma imponente criatura. Aparentava a forma de uma loba no alto de um monte. Ela estava envolta de uma áurea divinamente serena e uivava melancolicamente, como se também chorasse.


Estou indo!

Duraha começa a correr escadarias abaixo, sem tirar os olhos da figura lupina. Quanto mais ele corria, mais a imagem dela se tornava triste e enegrecida. Até que, enfim, tudo começa a tremer, até desmoronar. Usando do seu equipamento militar, Duraha rapidamente se prende com seu arpéu, evitando a queda certa. Ficara pendurado pela corda, mas ainda desesperado pela figura misteriosa.

Apontado sua mão em direção a ela, como se quisesse agarra-la, mesmo estando muito distante.

-Não!!!!

Como um grande terremoto, tudo vai a baixo.
Sua visão vai enegrecendo novamente, enquanto ele podia ouvir o uivo melancólico da figura em forma de lobo cada vez mais baixo...


...
...
...

Trovões! Gritos de guerra! Metal rangendo! Tudo muito barulhento e caótico.
O caçador volta a enxergar. Sua mão estava exatamente estendida para o horizonte, mas sangue escorria dela. Duraha se via novamente em Ravnica, pendurado no parapeito enquanto diversas abominações azuladas escalavam para alcança-lo. de sua mão, sangue escorria e pingava no rosto de um dos monstros.

Com muito ódio e desejo de viver, sua força parecia plena. O caçador de recompensas agarra firme na corda e a escala até o parapeito, com respiração forte e movimentos coordenados. Estava com uma determinação inexplicavelmente mágica. Espantosamente alcançara o parapeito da guarnição, onde ficou de pé e contemplou a guerra em Ravnica.

Energia elétrica pulsava em volta de si, estava irado. Tão logo começou a uivar mais e mais alto. Seu grito se tornou alto como de um trovão.
Duraha estava carregado de mana e brilhava ofuscante.


Pegando seu arco das costas, o caçador concentrar toda o mana de seu corpo em um único disparo. Toda sua luz e energia se desloca para a flecha, que sobe o horizonte até uma grande explosão. Duraha gastara todo seu mana para conjurar seu Ultimato Ruinoso               .


Incontáveis flechas energizadas caem, como uma chuva, ao sul da guarnição. Mas as aparências enganam, não eram flechas, e sim pura magia em forma cristalina. Visavam qualquer coisa, causando grande impacto destrutivo e faíscas elétricas. Fazia juz ao nome, pois a terrível mágica era uma ruína anunciada, independente de quem estivesse lá seria alvejado. Nem as edificações seriam poupadas. Duraha não se importara mais com qualquer inocente, desde que todos seus obstáculos sejam destruídos.[/b]

Simba: Mas o que...

O leonino colocava uma das mãos frente aos olhos para diminuir os efeitos da claridade, ele estava minimamente satisfeito com o plano do óleo ter sido bem efetivo, as criaturas mais próximas das muralhas era lentamente paradas e tinham seu avanço comprometido, mas o que veio a seguir foi muito além, a explosão de chamas e trovões em meio as tropas inimigas certamente foi algo que aumentou as chances de vitória ali

Pensamento: Mais duas ou três dessas e teríamos chances muito maiores... Que poder destrutivo!

E como uma praga invasora, muito parecida com a mesma que invadiu seu mundo, o exército inimigo pareceu não se afetar com as baixas - que para o leonino eram significativas -, Simba observava eles simplesmente se reagruparem, marchando sobre os restos daqueles que minutos atrás estava de pé, e mais uma vez estava reorganizados, num único ritmo, com um som que trazia a morte, mas dessa vez, eles pararam

Simba: Há algo de errado... Estão...

Por um único segundo ele viu a movimentação atrás das tropas: Um ataque direto

Simba: AZAGAIAS, PROTEJAM-SE!

Em um movimento rápido e instintivo o leonino deu o salto para seu lado direito, onde estava sozinha nas raias a Aisha, uma dos soldados que estavam na resistência, ele a abraçou em um ríspido movimento e se jogou ao chão com ela, colocando-a entre seus braços, com seu corpo sobre o dela - Como uma posição de prancha - enquanto mais uma vez o metal em seu corpo se moldava para protegê-lo, cobrindo novamente cada parte de seu corpo, que por sua vez cobria totalmente o corpo da soldado

Pensamento: Indestrutível!

Era possível sentir e ouvir o impacto das lanças em suas costas, elas ricocheteavam e se quebravam como se batessem em uma grade estrutura de aço negro - e talvez fosse realmente o que estivesse acontecendo -, Simba sentia o acerto de cada uma das lanças, mas nenhuma delas passou de sua estrutura metálica; Ainda no chão e protegendo Aisha, no fim da chuva de lanças, ele sussurrou para a soldado

Simba: Você está bem?!

O leonino sentia o efeito daquilo, essa proteção máxima parecia consumir e cansa-lo, de alguma forma, talvez ainda não soubesse utilizar completamente essa capacidade recém adquirida. Somente depois se ergueria e olharia em volta o resultado do ataque inimigo enquanto o metal em seu corpo parecia se reestruturar, iria avaliar novamente a situação, pois durante a chuva de lanças ele estava concentrado demais para notar qualquer outra coisa naqueles longos segundos

“Quem são os agentes dos Dimir? Todos. E ninguém.”

...

"Todos e ninguém." - Responde Belian telepaticamente antes de voltar sua total atenção a experiência que iniciaria.

O metamorfo precisava de espaço e a sacada das ameias estava cheia e agitada demais, já havia feito mais do que seria esperado de um membro Dimir e agora estava na hora de deleitar-se com uma nova criatura. Um evento muito raro fora dos domínios Simic. Belian então arrasta o corpo do aviano pela sacada até chegar no salão coberto por onde chegou na primeira vez. Por ali improvisa um laboratório e começa o delicado trabalho de dissecar o individuo e tentar entender o que cada estrutura poderia fazer. Seu desejo claro era entender todos os pormenores mas estavam em guerra e precisava achar ao menos algo que fosse um ponto fraco para desenvolver uma versão personalizada da praga que extinguira os metamorfos no sonhar.


Fora do salão fogo caia do céu, tempestades rugiam e azagaias eram arremessadas, profecias eram declaradas mas o olhar de Belian não desviava de seu estudo. Seus sentidos totalmente alocados para aquela tarefa o deixavam alheio ao arredores. Muitos acreditavam que o metamorfo supremo não poderia ser pego de surpresa tamanha suas habilidades de sobrevivência mas todo individuo tinha um ponto fraco e o de Belian era estudo de uma nova criatura.

- Um segundo coração... os alvéolos pulmonares não respondem aos estímulos de oxigênio como os seres dos planos que conheci... as células reagem de maneira hostil a quitina de origem diacrônica...


"Nunca dissequei um dragão por completo, quitina de dragonete é o mais próximo que posso produzir agora com quantidade suficiente para o tempo que temos"

Belian então começa a produzir uma substancia estranha em seu corpo e a medida que essa se acumulava na palma de sua mão esquerda, a mão direita rasgava a pele de Belian com a faca iniciando a sangria e processo de separação.

- Tem de ser o suficiente!

Belian então mistura sangue, quitina de dragonete e mana negra

- מכת אנשי החתול

O encantamento estava finalizado. Dentro de pouco tempo os eternos na area de alcance da praga se sentiriam mais fracos e aqueles que ja estavam fracos provavelmente pereceria.

Trizan

Parecia que o grupo de aventureiros estava bem assessorado pelas mentes da Casa Dimir, a guilda assumia o ramo intelectual e estratégico com maestria. Senador Trizan não era um soldado, mas sabia muito bem que as guerras eram ganhas nos bastidores e tabuleiros, e que toda informação era tão importante quanto um macho afiado. O contato então acontece, o a mente do mago é sugada por um vórtice gelado.


Ele cai então num chão de neve, o frio mordaz de Kaldheim castigava seu corpo psiônico, ao seu redor um breu absoluto, exceto por uma pequena chama distante. Com alguns passos, Trizan alcançaria o ponto de luz. Lá estava uma pequena Iris, sentada à frente de uma lamparina.


Trizan Trevor, da Casa Dimir, eu estava à sua espera.

A garota então levantava e apanhava a lamparina, com a outra mão pegava a mão do mago.

Me acompanhe, há algumas coisas que você precisa saber.

E caminhavam na escuridão gélida.

Simba, Belian e Teiven

Já no front de batalha, era a vez do poderoso exército de Nicol Bolas mostrar a que veio mesmo após grandes baixas por trovões e fogo. O pelotão se movia como uma massa única e coordenada, e com precisão desferiu a chuva de lanças. No ar, eram como um grande enxame de vespas vorazes, cobririam com certeza toda a área da sacada das ameias. Furtivo, Belian aproveitou de sua posição para recuar para dentro da torre principal da guarnição. Os outros não teriam tanto tempo. Simba, mais ágil e cicatrizado pelo eterno estado de conflito de seu povo, toma a primeira iniciativa, saltando sobre o corpo de Aisha.

Hei! O que você está fazendo?

A soldado fora surpreendida, e ficava assustada ao passo que o metal do leonino se expandia. Mais atrás, Teiven grunhia disparates, obviamente ignorados pelas boros, e tinha seu corpo recoberto por uma armadura arcana, parecendo ainda maior do que era. O gruul sacou um grande escudo e se posicionou, sua grande sombra cobria Trizan e Iris em transe logo atrás.

Procurem abrigo! Defendam-se!

A voz do castelão era rouca e firme, mas eram lanças poderosas voando em número alarmante, as ameias não seriam o suficiente.

Aurélia... por favor... dos dê forças...

Lysa encolhia-se próxima ao muro, o medo em seu rosto estampada, era muito jovem. A parábola então atinge seu ápice, e as setas começam a despencar como uma chuva da morte. O castelão embainha sua espada.


Um velho morre. Uma garota vive.

Ele então corre na direção de Lysa... e imita a jogada de Simba.

Uma troca justa.

Elas então começam a açoitar as paredes da guarnição, rasgando as flâmulas boros, e arrancando tecos dos tijolos que repicavam para todos os lados. Mais atrás, O gigante Teiven bloqueava com facilidade os projéteis usando um misto de aparato físico aprimorado com traços arcanos. Ao chão Simba sentia o impacto em sua couraça indestrutível, o capelão não tinha a mesma sorte.

Não! Nãoooooo!

Lysa chorava em prantos ao passo que se arrastava saindo do corpo perfurado e ensanguentado do castelão. Aisha jogava o mirraniano para o lado com certa indiferença, seus olhos marejados em lágrimas.

Obrigado.

E ia com passo firme na direção de sua companheira, lhe desferindo um tapa no rosto.

Levante e lute como um anjo de fogo! Estamos em guerra!

Os aventureiros não saberiam dizer se as palavras eram para Lysa ou pra si própria.

Duraha

Como um pêndulo solitário, o caçador pendia pela janela posterior da torre da guarnição, fora abandonado por seu "colega" à própria sorte, mas sabia que não seria a última vez que isso aconteceria, e nem fora a primeira. O balanço e os ferimentos o faziam delirar ao longe, com ventos e sensações de seu plano natal. Algumas cicatrizes nunca se fecham.

Mas a adrenalina o alertou, ou seria outra coisa? Como se renascido Duraha encontrou forças para terminar sua escalada, estava no topo da torre principal da guarnição, podia ver a praça repleta de eternos sedentos de morte, e o muro principal já tomados. Sua mana circulava estática, pequenos trovões partiam de sua armadura, a figura do caçador parecia de um deus do trovão com ódio, e muito ódio.

KRAAAAAKA-BOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOM!!!

O relâmpago enorme parte de seu arco num rugido feroz de tempestade, e não obstante, despenca em seguida como uma chuva de cometas.


VUOOSH! VUOOSH! VUOOSH! VUOOSH!

Os projéteis eram inúmeros e intensamente poderosos, ao impacto iam desintegrando os eternos, que estouravam como marionetes de vidro. A parede de trás da guarnição não teve melhor sorte, na primeira dezena de projéteis ruiu, levando com ela mais dezenas de zumbis.

AHHHHRKKK!

E eles rugiam, tentando em vão se esquivar da fúria de Duraha, morriam um atrás do outro. A cidade também sofria, Ravnica fora construída camada por camada de edifícios, janelas estourando, torres desabando e telhados caíam. Gritos de mais diferentes raças e explosões se aglutinavam ao som da batalha.

CRÁÁÁCK...

Então a ponte desabou, levando consigo a praça posterior à guarnição, bem como os restos do muro. A guarnição pendia sobre seu peso sustentado pela praça norte e seu eixo de edifícios.

Trizan

A dupla continuava a caminhar no escudo sobre a neve, alheia aos acontecimentos do mundo real.

Nós ganharemos esta guerra... mas perderemos muitas batalhas... e muitos de nós...

Iris criança falava olhando para o nada, mantendo o lampião em riste.

Fui agraciada com muitos dons em meu nascimento, a centelha é o menor deles por assim dizer.

Ela então para de caminhar.

Nasci com o dom da profecia e o da verdade absoluta, minha mestra me ensinou que eu deveria utilizar estes dons para guiar o destino.

Então ela erguia a lamparina, a chama parecia aumentar de intensidade, revelando um monumento à frente.


Este será o início de nossa derrota.

Quando olhasse para Iris, Trizan notaria que ela parecia agora um pouco mais velha, como uma adolescente.

Simba, Belian e Teiven

O abrigo fora certeiro e útil para Belian, concentrado em seu hobbie preferido, o dimir minuciosamente dissecou o cadáver do eterno aviano, ao menos o melhor que pôde numa situação de sítio.


Na sacada, o grupo se recuperava do ataque.

Estou bem!

Aisha respondia à Simba sem tirar os olhos do exército inimigo. Lysa olhava Teiven com algum temor, enquanto retesava mais uma vez a corda de seu arco.

V-vamos q-quebrá-los!

E dava um sorriso amarelo para o gruul. Neste instante a grande explosão mágica é sentida pelos presentes, que vêem clarões por trás da torre, seguidos por gritos e barulhos de desabamento.

Mas o que está acontecendo?

Então a guarnição sente um leve tremor à queda da praça sul.

Não estaremos seguros aqui pra sempre!

CHAK! CHAK! CHAK! CHAK! CHAK! CHAK! CHAK! CHAK! CHAK! CHAK!

Novamente o bater de metal sobre piso chamaria a atenção do grupo, mais uma vez o pelotão incansável marchava.

PARKINAH!!!

Um líder então brada, e com velocidade os eternos correm, e assim como fizeram à retaguarda, iniciam sua escalada ao muro principal.


Contudo, uma estranha fumaça tênue começa a surgir, partia de Belian e rapidamente se espalhava no ar, como um corrente de uma fumaça pálida transparente. A mesma começa a cair como cascata pelo muro.


Ao tocar os eternos eles param por segundos, curiosos, o azul de seu lazotep então começa a ficar desbotado, alguns começam a rachar espontaneamente.

IGIRAG?

Confusos, alguns caem, outros vacilam, parecem estar "doentes".

AVANTIRAH!!!

Um líder então brada com força, e mesmo opacos, eles seguem a subida, logo atingiriam as ameias.

Mapa:

Um aliado a menos. O leonino estava de pé, pôde vez o gigante envolto de magia, logo atrás dele a maga fria no colo de um homem de vestes peculiares e ao seu lado o sangue espalhado, infelizmente ele não poderia proteger a todos, o homem que outrora parecia ser o líder das soldados ali presentes já não estava mais vivo e era notório o quanto isso as afetava, por mais que uma delas tentasse se manter firme

Simba: Sim, vamos quebra-los. Não permitam que o sacrifício dele tenha sido em vão.

E como um proclamar dos deuses, assim que se calou, um grande estrondo e clarão foi ouvido, visto e sentido por todos ali, algo de proporções absurdas acabou de acontecer e explodir atrás do prédio em que estavam os outros seres vivos ali, uma explosão que fez o firme solo tremer, como a passagem de um dos grandes vormes mirranianos sob a terra

Simba: VOCÊS, CUIDADO! ESSA ESTRUTURA NÃO DEVE RESISTIR A OUTRO ATAQUE DESSES!

O leonino gritava para os que estavam mais atrás logo após ouvir os comentários da soldado, ela certamente entendia mais daquela construção que o leonino, que mais uma vez fora surpreendido; De dentro da construção uma tênue fumaça parecia literalmente caminhar e se espalhar em direção as muralhas, o leonino chegou a fazer menção a cobrir seu focinho, mas ela não parecia simplesmente passar por ele e escorrer pelas ameias; Curioso, o leonino se aproximou delas o suficiente para ver grande parte dos inimigos murcharem, desbotarem e cair ao chão, assim como a aproximação ainda mais ameaçadora deles. Ele sabia que precisaria fazer algo, ele sabia que precisaria quebrar uma promessa

Simba: Não há outro jeito... - Sussurrou para si

Deu alguns passos para trás, se aproximando das duas soldados

Simba: Não há tempo para lamentações, precisaremos agir. Conto com a cobertura de vocês duas!

Adotou então uma postura mais erguida, voltando-se para a estreita ponte que separava as ameias da estrutura mais atrás, olhando diretamente para o gigante e começou a falar num tom de voz mais alto

Simba: Eles são muitos e estão cada vez mais próximos, acho que de todos aqui, nós somos a linha de frente. Me mostre o que pode fazer, gigante, precisamos abrir caminho e só temos um lugar pra isso

O leonino então se virou e respirou fundo; Por um segundo, tudo pareceu ficar em silêncio para ele, lembrou-se de dos dizeres de sua família, das orientações da xamã e de todo o esforço de seu khan para controlar e evitar que aquilo se manifestasse, mas era o único jeito

Simba: Desculpe, mãe. - Sussurrou uma última vez

Um calor poderia ser sentido emanando do corpo do leonino pelas soldados próximas, sua musculatura parecia se tornar mais rígida, contraindo quase que por completa, uma postura mais bestial e ameaçadora naturalmente se formava e junto a isso algumas linhas e runas tribais que não existiam antes pareciam surgir em seu rosto e se estender até o seu tórax e os olhos que antes eram quase dourados agora queimavam como fogo


Simba: ROOOOOOOAAAAAAAAAAAAAR!!!

Um rugido de pura raiva, como de uma fera que a muito estava presa e agora encontrava a liberdade, as runas desenhadas dissiparam no ar no momento em que o rugido foi dado, restando apenas o calor, a besta e aqueles olhos flamejantes. O leonino correu, não mais que três passos, e saltou sobre as ameias, seu corpo e sua mente agora só entendiam a guerra, o conflito e o caos, uma maquina de matar, atacaria os eternos de seu centro, aproveitando-se de sua velocidade sobrenaturalmente superior, usando toda a voracidade de uma verdadeira fera.

Trizan reencontra sua consciência em um lugar diferente. Muito mais calmo, talvez calmo até demais. Não havia luz, ou calor. De fato, apesar de não ter um corpo físico, sentia frio. Não demorou muito até que uma menina, presumidamente alguma manifestação de Iris, começasse a guiar o Dimir. Por sinal, Íris sabia sobre a verdadeira guilda de Trizan. Certamente ela possui um poder admirável aqui, mas Trizan também ponderava sobre problemas futuros que isso lhe causaria.

Trizan e Iris caminhavam por algum tempo, era difícil saber quanto, seus sentidos pareciam distorcidos ali. A menina então aponta para um monumento e discursa de modo quase críptico.

- Se me permite  - Dizia Trizan polidamente após Íris terminar seu monólogo - O que aquele monumento simboliza?

- Além disso - prosseguia - Me parece que há algo estranho na estrutura desse lugar, talvez o tempo. Devo me preocupar? - Trizan observava que Iris não parecia a mesma, havia envelhecido.

-Por fim, não espero que terminemos essa guerra sem sacrifícios, mas precisamos saber para o que devemos nos sacrificar. Quais são as peças fundamentais nesse tabuleiro?

Algo dizia a Trizan que no outro lado, isto é, onde seu corpo físico reside, uma grande agitação acontecia. Porém o mago mantinha-se concentrado em persuadir Íris a transferir seu conhecimento.

O uivo de ódio foi dando espaço ao silêncio contemplativo. Duraha não saberia, mas pensava algo similar já há muitos séculos dito em outro mundo muito distante, de um bárbaro herói de Pardia:


Aaahh, qualquer um pode admirar uma construção, mas poucos podem ver a beleza na destruição!

A visão foi intensamente satisfatória, todas aquelas malditas desventuras pareciam ter valido a pena. O caçador de recompensas procura em seu casaco um frasco de poção de cura, e o toma como fosse um drink em meio aos fogos de artifício que explodiam do céu à terra. Os gritos de seus inimigos eram músicas para seus ouvidos. Ele conseguia ouvir de outras vítimas, mas não se importava, não mais.

Atrás de suas lentes de visão tática, pôde perceber detalhes que o deixaram ainda mais intrigado com Ravnica, não intencionalmente o Uivador abrira uma cratera no pátio sul, fazendo parecer um formigueiro aberto, cheia de camadas e câmaras. Agora confirmara que a fortaleza não estava em terra firme, mas fazia parte de toda essa complexa estrutura, no qual Duraha desestabilizou.

- Esta guarnição está condenada, não é segura como eu julgara.
- E seu meu ultimato afetasse a estrutura central disso?
- É...com certeza teria caído no abismo com essa merda toda...

Conversava sozinho novamente, como se tivesse alguém ouvindo, uma mania de quem vive muito tempo sozinho.

Só neste instante percebera que perdeu seu cinturão e seu machado. Com ele, vários bolsos com objetos úteis de sobrevivência, ou como ele gostava de pensar, suas cartas na manga.

- Que pena... que gostava daquele machado. Será que consigo achar uma armaria antes de ir me? Uma corrente e uma nova arma seriam perfeitos!

Não tendo mais o que fazer ou contemplar, Duraha dá um respiro de alívio, aquele momento de paz foi revigorante, além da poção. Então ele se dirige ao norte, para descer as escadarias.
Antes de descer, contempla a visão norte. Ela era totalmente oposta do sul. Hordas azuis de visíveis sinais de combate torre abaixo, como neve e barulhos. Mas, pela posição, não vira os outros residentes da guarnição.

Um raio na manga é sempre importante, por isso o Caçador de recompensas acumula   .

Enquanto desce as escadas da torre, Duraha procura por qualquer indício de arma e/ou corrente para renovar seu arsenal.

-De volta ao trabalho!

Conforme a mana negra esvaía do corpo de Belian para a fabricação da Praga uma luta em seu interior acontecia. A racionalidade tentava retomar o controle das células enquanto o instinto assassino se deleitava com o pensamento de que em poucos segundos os soldados azuis estariam definhando e perecendo aos poucos e essa era a fase mais perigosa do algoz Dimir, quando as vidas não lhe eram mais preciosas. O transe sádico no entanto foi bruscamente interrompido por um tremor imenso que não só parecia ter chacoalhado a fortaleza mas como o plano todo, uma façanha que segundo as lendas só teria sido feita por Músculos.


O temor gentilmente para e então Belian pode retomar a consciência e seguir o plano que ele mesmo tinha trilhado. Era o momento de cuidar da criomante, quem sabe quantos segredos aquela mente incrível poderia ter? Ao localiza-la nota que o Senador está cuidando da Azorius e uma espécie de elo mental une os dois. A mana preta volta a pulsar forte nas véias do metamorfo trazendo inveja  e rancor a tona.

"Como ousa violar a mente que me pertence? Depois que estendi uma mão amiga sou apunhalado dessa maneira?" - A mente de Belian começava a girar em fúria

- JANTAREI VOSSOS CADÁVERES! - Belian grita enquanto corre pelo corredor da sacada - VIDA A LONGA AOS QUE VIVEM EM MIM!

Durante a corrida o corpo do metamorfo se desfragmenta em centenas de escaravelhos que começam a correr pelos muros enquanto despejam acido sobre o corpo dos eternos que passassem.

Simba, Belian e Teiven

E batalha final havia se iniciado, os eternos subiam os muros principais da guarnição com fome de morte, suas garras perfuraram os tijolos com facilidade, e a velocidade que subiam era de velocistas, eram um exército letal e incansável.


IDRAK! MEGEREKH! IDRAK! MEGEREKH!

Os líderes bradavam sem parar, mas a resistência não seria facilmente sobrepujada, planinautas eram heróis lendários, e não sucumbiriam. Aisha e Lysa olhavam com fúria e lágrimas secas em seus olhos, seus ideais estavam sendo testados a todo momento, seu líder caíra, sua guarnição rachara e seu plano sangrava. Mas ser boros era lidar com perdas, era sobre justiça... era sobre vingança. Aisha sacava sua espada e a inflamava.

Aisha: Pelos caídos e pelos inocentes! Pela honra e pela justiça!

Lysa consentia com o olhar enquanto retesava a corda de seu quarto para mais uma flecha, neste momento, Simba se aproximava.

Lysa: Sim! Por Aurélia! Guardarei seus flancos!


Aisha olhava nos olhos do leão com firmeza, e depois estendia a espada de chamas.

Aisha: E eu sua retaguarda!

O gigante Teiven ouvira aos brados do leonino, e assim como sua guilda e sangue previam, aprovou a idéia do combate direto.

Lysa: Ninguém passará por estas ameias!

Aisha: Vão!

A dupla então saltou.


Trizan

Ao passo que o caos reinava ao redor, o mago dimir sentia a paz e o frio do interior da alma de Iris. O monumento escuro de serpente era testemunha da conversa. A jovem então baixou a lamparina ao chão, e sentou-se sobre seus joelhos. Seus cabelos enrolados numa série de tranças, uma leve brisa as moviam, parecia que esfriava mais.

Iris: Simboliza a força... Rhonas, o deus amonkhetiano da força.

Ela ajeitava as tranças atrás das orelhas e assoprava para alimentar a chama da lamparina.


Iris: Não sou telepata senador, a estrutura de minha mente se altera conforme eu me esforço para mantermos este contato.

A azorius então apanha um graveto e desenha dois chifres oblíquos ao redor da lamparina.

Iris: Nicol Bolas teceu um grande plano de poder... não temos muito tempo para eu lhe explicar os detalhes mas, ele controla todo este exército de zumbis, a idéia foi usar Ravnica como chamariz e eventual prisão de planinautas.


Ela então desenhava um triangulo envolta dos chifres.

Iris: Uma vez presos, nos tornamos presas fáceis e assim, através de um feitiço proibido, ele coletaria nossas centelhas e eventualmente todos os nossos poderes.


Iris então fitaria com seus olhos azuis cintilantes o rosto de Trizan.

Iris: Todavia a cobiça é a queda dos poderosos e será ela responsável pelo fim do dragão.

O vento então se intensifica, uma geada se inicia.

Duraha

O caçador observava em contemplação as ruínas e destruição que causara, afinal, com um poderoso golpe, destruiu um pelotão inteiro de mortos-vivos do deus-faraó, não era um feito pra muitos.

RUMMMMM.... CRASH! CRASH!

Um ruído estranho era ouvido por Duraha enquanto ele descia as escadas, um longo som oco seguido de estalidos de ruínas sendo partidas, como algo enorme que se aproximava no horizonte. Uma sombra encobriria sua visão da janela posterior.


À sua frente, encontraria corpos de soldados boros e eternos mortos em combate caídos ao chão, haviam espadas, escudos, lanças e kopeshs.

Simba, Belian Teiven

Os guerreiros então saltaram, ao passo que a fumaça da praga se esvaia no ar. Lysa abatia dois eternos que subiram às ameias, estouraram fácil antes as flechas, resultado do enfraquecimento do encantamento de Belian. O metamorfo por sua vez, mostrava-se muito mais útil em combate do que se esperava, e com um brado furioso se converteu numa massa de besouros carnívoros, que junto das flechas de Lysa obliteraram os eternos que subiam pelo muro.

Lysa: Por Aurélia! Por Ravnica! Não passarão!

Na praça principal eles também eram vitoriosos, Simba chegara antes e com dois golpes precisos eliminou três eternos, Aisha de costas a costas com ele, eliminou mais dois com sua espada em chamas.


Aisha: Nada mal leão!

Mas ambos pararam por segundos para observar ao céu, o gigante gruul tampava a visão de todos com seu tamanho e com seu poder elétrico concentrado, cairia como um bomba atômica. Até os eternos o observaram no ar.

KRRRRRRAAA-BOOOOOOOM!!!!!

Ele então caiu como uma trovão furioso, seu poder ribombando e arrebentando todos os eternos a volta, eliminando-os quase em totalidade. A vitória seria certa?


Cresh.... Cresh...

Rachaduras então partiam do ponto de impacto, de início lentas, mas cresciam aos poucos, radialmente tomando a praça.

Cresh... Cresh. Cresh. Cresh.

Se tornavam então profundas, até chegarem nos pontos de apoio da praça, que rompiam-se.

CRESH! CRESH! CRÁÁÁÁSH!

A ponta norte de fixação da praça se soltara, fazendo com a que a mesma tombasse como um prato oblíquo, puxando a guarnição para perto de si.


Trizan

Com a chegada da geada, Iris volta a apanhar a lamparina e se levantar, agora parecia adulta.

Iris: Muitos sacrifícios já aconteceram, e muitos ainda irão acontecer... assim são as guerras.

O frio se intensificava conforme a geada tornava-se mais intensa.

Iris: Todas as peças importam no tabuleiro Trizan Trevor, e cada qual possui sua função para o jogo. Rhonas, como o se pressupõe hoje é um deus zumbi servo de Nicol Bolas, e como deus da força é responsável por fortalecer todo o exército do dragão, é a torre que protege o rei.

Ela então se vira de costas ao dimir.

Iris: Nós precisamos nos livrar da torre senador, sem a torre o rei está exposto e daremos o xeque mate... quanto a sua preocupação... perderemos cinco peças para ganhar o jogo... mas é a única forma de xeque.


Ela então levanta a lamparina e a assopra com força, a chama se apaga e eles ficam no frio e breu.

Iris: Devemos ir agora Trizan Trevor... nós estamos em perigo...

O vórtice de gelo então começaria a envolver o corpo de Trizan.


Iris: E senador, mesmo os peões que se disfarçam de bispos, são importantes ao jogo.

Trizan seria então sugado, sua mente após uma forte náusea seria tomada por uma adrenalina, ele e Iris deslizavam sobre a ponte de acesso das ameias, a guarnição havia tombado, e iam como em um escorregador se chocar contra a pequena parede aonde se escorava Lysa machucada.

Iris: Se segure senador!

O golpe gélido partia com velocidade das mãos da criomante, formando um bolsão de neve que englobou Lysa e o muro. Fazendo com que a dupla se chocasse contra um obstáculo "fofo".

Lysa: Brrrr! Cof... cof... vocês estão bem?

Simba, Belian, Teiven, Trizan e Duraha

Como se puxada com força, a guarnição pendeu à queda da praça, sua estrutura sólida e bem construída resistiu ao impacto, embora se apresentasse agora caída em diagonal, com sua face sul virada acima. Duraha provavelmente se sentiria chacolhado com a movimentação inesperada do prédio, provavelmente se lembraria do interior do vorme.

Na praça, os eternos e guerreiros também sentiriam o impacto e a mudança do plano, Aisha se segurou em uma rachadura ao passo que os eternos restantes utilizaram de suas garras para permanecerem no lugar. No estremo oposto dos escombros atuais, um monolito permanecia intacto, acima dele poderia ser observada uma figura corpulenta e peluda.

?????: Auuuuuuuu! Auuuuuuu!


Ele uivava com fúria. E como se respondendo ao uivo, a grande sombra se movia lentamente atrás da guarnição tombada.


Rhonas então levanta seu cetro com ambas as mãos, e então desfere o golpe.


O cetro atinge potente no meio da guarnição, destruindo a estrutura tombada.

CRAAAAAAASH!

Seria o fim?

Escudo do Mestre:

Descendo as escadas, os sentidos do caçador ficam em alerta.  Algo grande se aproximava, muito grande. A janela posterior a ele denunciava isso, o céu escureceu. Um Vorme não seria grande o suficiente. Ali seria um abrigo ou uma armadilha? Duraha precisaria inspecionar.

Descendo as escadas com a mente agitada, todo esse momento é interrompido pela visão que encontra. Duraha se depara com uma cena, no mínimo, melancólica: Vários soldados caídos perante aqueles malditos.
Visto o armamento deles, não seriam buchas de canhão. Os desgraçados eternos eram realmente perigosos. Como um ex-militar, Duraha fica reflexivo. Ele se abaixa próximo de um soldado jovem tombado.

-Não importa o mundo, nosso dever é muito ingrato, meus irmãos...

Mas o Uivador precisa seguir em frente, passando o minuto de silêncio em respeito aos guerreiros tombados, o Caçador de recompensas não deixou de notar a alta qualidade do aço nesses soldados. Sem pudor ao ser um escamoteador, começa a coletar o que lhe é útil. Começou pelo cinturão de um soldado morto, muito útil, visto que o de Duraha fora arrancado a força quando ele caíra na guarnição. Esses cinturões são ligados a uma bainha, no qual a lâmina interessou muito o Caçador. Sem Duraha ter conhecimento, havia um enorme sinete Boros na fivela, no qual ele colocaria sem preocupação simbólica.

Duraha também tenta pegar um broquel boros e alguma lança, mas quando ele foi se aproximar da arma do eterno, um som o assusta profundamente.


Um uivo é escutado pelo ikoriano. Sem saber como, apenas como instinto, Duraha entendeu, com certeza, duas coisas:
O primeiro é que vinha de outro ser que não era deste mundo;
O segundo: PERIGO!

O prédio começa a tombar! E este efeito não era do presságio do uivo!

- Preciso fugir daqui rápido!

Tentando examinar o redor o mais rápido que pode, o Caçador vê a janela e as escadas. Descer pela janela é uma queda mortal certa, ainda mais com o prédio tombando. Correr pelas escadas seria inviável, não correria a tempo antes de tudo desabar. Então a nefasta criatividade do Caçador vem a tona:

Usando a mesma corda com gancho que o salvara no parapeito anteriormente, Duraha a prende no pescoço do Eterno caído ao chão. Usando o corpo do maldito azulado como uma espécie de trenó, guiado pelas rédeas do gancho, Duraha pisa no tórax metálico e escorrega escada a baixo!


A descida é alucinante. O corpo liso de metal vai ganhando velocidade ao descer as escadarias, deixando um rastro de faíscas. Duraha é um caçador, mas um péssimo montador e tão pouco um surfista. O Uivador tenta usar de todas as suas habilidades para esquivar dos obstáculos, enquanto a guarnição tombava como uma gigante rampa.

O Caçador de Recompensas já passara por muita coisa pior naquele dia, estava obstinado em sobreviver. Ele ainda precisava encontrar as fontes do trovão, que seriam de Teiven, e o misterioso uivo que o conectou, sem saber que vinha de um lupino.

O plano parecia funcionar assustadoramente bem, o caçador deslizava ladeira a baixo sem muitos obstáculos, pois tudo estava tombando junto com a guarnição. Duraha sequer perdera o equilíbrio de seu trenó improvisado.
O eterno, que já fora um honrado guerreiro, imaginaria que seu destino seria a vergonha de ter seu crânio esfolado escadarias abaixo enquanto era pisado por um bárbaro maltrapilho? Duraha não saberia, mas é como se tal escárnio chegasse ao próprio deus daquele eterno, e assim Rhonas o castigou com um sua fúria.

- Mas o que é isso?!

Duraha apenas pode observar enquanto ele, e tudo a sua volta, é arremessado ao ar com o golpe definitivo de Rhonas.

A terrível sensação daquela queda da montaria alada voltara. O tempo ficou lento e o o som parou. Duraha era como uma gota de chuva, junto com tijolos e qualquer outro elemento da guarnição arremessada ao ar. O que ele poderia fazer senão cair para a morte?

Ser arremessado metros no ar ao menos dá uma terrível vista panorâmica. Foi então que ele pode observar a figura lupina do alto do monólito. também observa o Colosso Rhonas além de todos os bravos e tolos guerreiros que estavam a frente da guarnição. Isso estranhamente acalmou o Caçador, podendo acumular mana.
Ainda havia uma tática desesperada, aprendida ainda na época dos gibãos de cobre. Calmamente o caçador empunha a lança que conseguira pouco tempo atrás e a segura com se fosse cair empalando algum alvo aleatório.
O caçador aguarda a queda pacientemente, até o momento que estivesse poucos metros de espatifar no chão do abismo de onde ficara guarnição. Neste momento, uma aura branca e cristalina o envolve, o protegendo de todo dano do impacto ao chão. A magia ironicamente tinha um nome bem adequado á situação: Preparar para o impacto. Porém, a força da queda ainda existia, movendo uma onda de escombros do epicentro.

A mente de Trizan contorcia-se, sua percepção estava desconectada da realidade enquanto seu corpo inconsciente chocava-se contra um amontoado de neve. A dor fisica não se comparava a tortura mental que o mago suportava. Lysa apressava-se em checar se Iris e Trizan estavam bem. Foi quando Trizan finalmente voltou à sua consciência. Ele abria os olhos observando tudo à sua volta, mas sem ainda se levantar, seu corpo estava parcialmente coberto de neve. Era como se estivesse de volta de uma viagem centenária. Trizan sentia um senso de propósito, algo que perdera anos atrás. Ele havia aprendido muito em sua jornada, mas surpreendentemente ele também conseguiu ver a si próprio.


-Rhonas… - Falou o senador para ninguém.

Trizan levantava-se, equilibrando-se precariamente naquela estrutura decadente. Ele sacou sua lâmina, vislumbrou sua beleza por alguns segundos, acariciando o gume lentamente com a palma de sua mão.

Swooish!

Agressivamente, ele pressionava a lâmina contra sua carne. Um sorriso malicioso era estampado em seu rosto. O sangue escorre por seu braço, pingando sobre a neve branca. Porém, o volume do mesmo parecia apenas aumentar, e uma quantidade inesperada de sangue começou a jorrar. No entanto, o sangue não alcança o chão, ele flutua ao ar e começa a circular o mago, como um redemoinho.


Um brilho intenso, num tom escuro de azul era emitido pelo sangue. Como água sendo absorvida por uma esponja, o líquido penetra o peito de Trizan que ria audivelmente. Seu corpo transbordava mana.

Um uivo ecoa pelos blocos na guarnição. Em seguida, uma figura gigantesca se aproximava. Trizan interrompia seu ritual introspectivo e voltava sua atenção para o mesmo.

-Rhonas! Finalmente, estávamos te esperando! - Dizia o mago sorrindo, sua voz era projetada vigorosamente, como se tivesse sido magicamente amplificada -A torre que protege Nicol Bolas. Bom, não sei se você consegue entender o que acontece ao seu redor, uma pena.

Trizan da um passo à frente, seus olhos seguiam fixados na figura que se aproximava.

- Eu passei minha vida toda estudando encantamentos, criaturas, pessoas… Eu fiz tudo para coletar o conhecimento dos Azorius… Não era o suficiente então me rendi a Lazav... Nos preparamos para neutralizar qualquer ameaça, demônios, anjos, dragões… Viajei entre planos coletando feitiços.

Rhonas erguia seu cetro.

- Eu me perdi, não sabia mais meu propósito, nem realmente a qual guilda eu pertencia. Eu sempre achei que eu descobriria algo que mudaria minha percepção para sempre, talvez a origem do próprio mana… Hoje estou diante, talvez, dessa oportunidade…

O golpe do deus-zumbi estraçalha a guarnição. A onda de impacto lança entulho para todos os lados.

Ao mesmo tempo, Trizan deixava que a mana fixasse seu corpo ao pedaço de concreto sob seus pés. Como se as leis da natureza não existissem, todo material congelava em pleno ar.


O massivo encantamento de Trizan, empoderava sua mente com um controle telecinético da estrutura ao seu redor. As rochas flutuavam lentamente, alguns soldados seguravam-se a elas. Outros equilibram-se com maestria.

-… Hoje eu assistirei a morte de um Deus

Os fragmentos da guarnição, agindo como plataformas, flutuavam próximo ao deus-zumbi, dando aos planinautas uma oportunidade de contra-ataque.

Belian desceu os muros com ódio profundo e antigo deixando apenas carcaças ósseas a despencarem atrás de si. Ao chegar a praça reuniu o exame de escaravelhos para que compusessem seu corpo novamente, estava saciado e sua mana reabastecida do cadáveres consumidos. O algoz impecável voltava a dar lugar ao pensador curioso que observa seus companheiros de de guerra darem os últimos golpes no restante do habilidoso exército azulado. A vitória parecia próxima!


O impacto de Teiven , no entanto, foi também o golpe final nas fundações da estrutura da praça rompendo suas ligações com a ponte que a sustentava. Ao sentir os primeiros tremores das rachaduras do terreno a astuta mente do metamorfo reagiu institivamente colocando ao ar com asas que surgiam nos membros superiores.

Belian tinha agora uma visão privilegiada, o campo de batalha em destroços, as fundações cedendo a falta de sustentação e o tombamento daquela estrutura. Seus aliados lutavam para manter-se firmes agarrando-se a qualquer coisa que pudessem mas o metamorfo os observava de cima, soberano. Das alturas pode ver que a batalha de verdade não havia sequer começado, tudo que veio antes era um preludio e uma preparação para aquele que vinha agora. Gigantesco, majestoso e intimidador. Belian conhecia aquele tipo de criatura, era um Deus. O metamorfo tinha esse conhecimento de sua terra natal mas ele não imaginava que essas criaturas pudessem manter seu status fora de seu plano, afinal Belian não conseguia sustentar seu status fora do sonhar e aquela presença o enfurecia.

A fúria é brevemente interrompida por um uivo gélido que rasga o ar de forma alta e consistente. Parecia um uivo de anúncio lupino só que maior, mais forte e mais feroz mas o deus das mil faces não desvia o olhar do lento caminhar do Deus que se aproximava no horizonte. Ele parecia apenas esperar um sinal, uma simples demonstração de força que seria seu convite.

E o convite veio!

O cetro colossal balança no ar e despedaça de vez o que restará da fortaleza levando os destroços e aqueles que estavam pelo local ao chão, Belian buscava um olhar do Deus mas sua presença era ignorada e desprezada e o orgulho do senhor do sonhar fora ferido pela ultima vez. Antes de partir Belian uiva em resposta aquele que ouvira, um uivo aterrorizante que era um aviso e uma ameaça. Em lingua lupina significaria "Se adentra território estrangeiro para oferecer ajuda é bem vindo. Caso contrário aproveite seus últimos momentos de vida".

Mutare mergulha nos céus ganhando velocidade incrível, seu corpo cintilava mana verde com notas azuis e negras. Ele disparava como uma flecha em direção a parte superior da cabeça do Deus Cobra e vinha pelo flanco esquerdo. Chegando a 50 metros daquele que o desprezara ele sussurra

- Ultimato Emergente

Ainda durante o voo o corpo de Belian começava a se transformar no que ele chamava de "o metamorfo supremo", uma besta colossal formada pelas melhores e mais uteis  características das criaturas estudadas por Belian. Com 20 metros e 2,5 toneladas de músculos e equipado de diversas habilidades adaptativas o metamorfo termina sua transformação com um brutal encontrão contra o Deus da Força, manobra que pretendia encerrar com seu corpo e peso por cima de seu oponente. Se o cetro do Deus caísse no processo a manobra seria concluída com excelência.


O ultimato no entanto não havia terminado e de onde estão as costas de Ronas surge diretamente da mente de Belian um antigo protetor do seu lar natal. O gigantesco golem Colosso de Akros.


O metamorfo sempre achou que seu grande trunfo era ter muitas faces mas sua verdadeira força reside nas muitas formas

Não havia sangue no campo de batalha vindo dos inimigos, todo o pouco vermelho existente ali era de antigos aliados daqueles que eram a resistência contra os invasores, nenhuma mísera gota do leonino e tão pouco dos recém chegados, mas no estado em que estava, toda a visão do mirraniano se resumia num montante vermelho de alvos que se moviam constantemente, suas garras metálicas eram afiadas e resistentes suficientes para dilacerar aquelas armaduras azuladas, em movimentos rápidos ele eliminou eternos, mas seu corpo estava agitado demais

Aisha: Nada mal leão!

Em um ímpeto furioso o leonino se virou de frente para Aisha, com seu braço direito erguido, suas garras brilhando com o fio da morte; Por uma fração de segundo seus olhos se voltaram diretamente para os dela


Quase simultaneamente um estrondo no chão tirou a atenção do leonino, o gigante caíra mais a frente e com seu golpe fez a estrutura em que estavam começar a ruir. O chão se partia sob os pés de todos ali, fragmentos pequenos e grandes começavam simplesmente a desabar e a fera mirraniana ignorou aos outros ao seu redor, saltando de rocha em rocha, de estrutura em estrutura até chegar em segurança sobre os montantes de rochas, com uma agilidade que nem mesmo ele havia manifestado antes, seu corpo naquele estado, com a centelha e a fúria liberta, era uma máquina de guerra

?????: Auuuuuuuu! Auuuuuuu!

Já no chão, buscando um novo alvo para seus ataques, teve sua atenção totalmente voltada para o uivo atrás de si, próximo a construção que já deveria ter ido ao chão. Não havia lógica, não havia pensar, era instinto. Simba rosnou, suas presas e olhos estavam voltados para o lobisomem, não poderiam haver dois alfas ali, mas... Ele não tinha o cheiro do metal azul, para sua sorte, viveria mais algum tempo

Simba: ROOOOOAAAAAAAAAAAR!!!

Como um animal que desejava demarcar território, rugiu em fúria, saltando para um resto de construção que pairava sobre sua cabeça já evitando o golpe da enorme criatura que estava ali - e ele sequer notava o quão antinatural aquilo era. Voltou-se novamente para o lado oposto ao lobisomem ao ouvir o grito vindo do gigante, certamente aquela era uma batalha colossal e feita para os grandes. Simba saltou novamente para pedras que ainda flutuavam mais acima, buscando altura e aproximação suficiente para um ataque diretamente no centro da cabeça de seu novo alvo: O gigante azulado

Trizan

E a batalha final se inicia. A robusta guarnição boros que parecia um abrigo perfeito não resistiu ao conflito, e agora restavam pedaços de escombros após o impacto do poderoso golpe de Rhonas. Contudo, ao contrário do que se esperava, não houve um desmoronamento sobre os planinautas. Trizan, usando de um poder incrível, sustentou os escombros com poder telecinético poupando a vida de todos. Iris e Lysa, levantavam-se de uma pilha de poeira e tijolos.

Iris: Cof... cof... senador Trevor!

Lysa: Por Aurélia, quanto poder!

As duas aproximavam-se caminhando, a boros então grita apontando para algumas rochas que flutuavam próximas. Nelas, um grupo de eternos, ainda que opacos e rachados, movia-se como aranhas, e saltavam em direção à posição do mago dimir. Pelo jeito, sustentar o desabamento poupou alguns inimigos.


A criomante então sacou o escudo de suas costas e o posicionou, o uivo então chamou sua atenção para o obelisco ao norte. Ela olhou firme para trás com seus olhos cintilantes.

Iris: Vento Cinzento...

Duraha

O caçador seguia passando por maus bocados. Embora a guarnição houvesse sido uma importante fonte de equipamentos, sua salvadora transformava-se em sua tumba. Utilizando de uma técnica pouco convencional, o planinauta escapou com maestria do tombamento do edifício, mas como desgraças nunca vêm sozinhas, o choque do golpe do deus logo lançou o ikoriano de novo ao ar em uma chuva de rochas. Mas desta vez, o mesmo estava alerta, e não tardou de conjurar uma mágica para sua segurança.


Protegido por sua mana branca, o impacto esperado pelo caçador foi mais suave do que o imaginado, ao invés de chocar-se contra o solo entulhado, caiu poucos metros sobre uma grande parede que, magicamente, flutuava horizontal no ar. Por ironia do destino, havia sido salvo pelo menos aliado que outrora o abandonara.

Teiven e Belian

Ao passo que mago e arqueiro concentravam-se em planejamento e técnica, uma guerra também necessita de força e impacto. Neste quesito, ninguém poderia lidar melhor que o gigante Teiven. O gruul, tendo resistido aos impactos de maneira quase intocada, parte com fúria e com o sangue fervendo por batalha. O guerreiro salta por entre as rochas flutuantes enquanto cresce  de tamanho. Logo atrás do mesmo vinha Belian, o metamorfo havia abandonado sua forma disseminada de besouros e tornado-se um ser alado para evitar o desabamento. Em velocidade, ele também ganhava tamanho, e aos poucos transformava-se em uma besta colossal. Os impactos então acontecem.


O primeiro a acertar é Teiven, o soco acerta o rosto de Rhonas que não parece fazer menção de se esquivar. A cabeça do deus eterno gira para o lado, e o mesmo apenas retorna a sua posição inicial. Neste momento, Belian surge com carga num encontrão. O deus levanta então seu cajado com duas mãos, na diagonal, e com o mesmo na altura do rosto, freia o avanço do dimir e o joga para o lado. Rhonas não havia sido empurrado nem um centímetro. Os planinautas eram grandes e fortes. Mas não eram o Deus da Força.

Ao passo que o colosso de Belian surgia, o mesmo ouvia um sussurro em seu ouvido.

Vento Cinzento: Ajuda será oferecida...

A voz era fria, como de um assassino calculista. O lobisomem então salta do obelisco em direção a uma das pedras flutuantes.

Trizan

A criomante acompanhava os saltos de Vento Cinzento enquanto chamava Lysa para perto de si.

Iris: Não há muito tempo cadete, e como todo vidente, não consigo vislumbrar nada do meu futuro...

A boros olhava confusa para o rosto da planinauta.


Iris: Por favor leve isso, para o lugar mais seguro que conhece, vá agora, e independente do que aconteça proteja esta orbe!

Lysa: M-mas...

Iris então olhava séria para o rosto de Lysa.

Iris: É muito importante! Vá agora!

Enquanto os eternos se aproximavam, a cadete boros sai em disparada pelos escombros.

Teiven, Belian e Simba

Ravnica havia se tornado Mirrodin. A cidade das guildas fervia em batalhas, mortes e explosões e era invadida por estrangeiros morto-vivos, não haveria como Simba não lembrar-se de sua terra natal. E o leonino esta em fúria, utilizando todo seu poder e sentimento, canalizou ambos em maximizar seu rendimento físico. E então rugiu, e assim galgou de escombro em escombro flutuante. Diferente de Vento Cinzento, que partiu pelo lado esquerdo, o mirraniano foi para o lado direito e saltou sobre a face de Rhonas, que permanecia imóvel após os ataques dos gigantes.


Vento Cinzento: Tolos! Curvem-se ao Deus Dragão e pouparei suas centelhas!

Simba então alcança a cabeça do deus, e finca seus dentes em suas escamas. Ele não se move. O lobisomem então salta de sua posição, passando pelo ombro de Rhonas e caindo sobre a cabeça do colosso de Belian, ele o toca com sua pata.

Vento Cinzento: Aqui está a ajuda prometida! Hihihihehehehahaha!

A gargalhada é gutural e rouca, o mana vermelho então passa do lobisomem como uma aura ao colosso. Seus olhos agora brilhavam vermelho intenso e uma coroa escarlate pairava sobre o elmo da estátua que fazia uma posição de combate.


Trizan

Iris apara com facilidade o primeiro golpe com o khopesh, embora o zumbi continuasse a forçar o golpe a fazendo recuar dois passos, ao passo que o segundo eterno a golpeia com a lança, tentando uma esquiva não bem sucedida a criomante cai sobre um joelho com seu flanco cortado e sangrando. Ela olha para Trizan.

Iris: Senador! Proteja-se! Eles estão avançando!

O grito era para garantir que Trizan não fosse surpreendido, embora a azorius soubesse que a manutenção de uma mágica de tamanho porte era custosa e dependia de intensa concentração. Dois eternos então passam por Iris, um deles desfere um golpe com a lança visando perfurar o dorso do mago, ao passo que o outro ataca com o khopesh visando decepar sua cabeça.


Teiven, Belian e Simba

Quase que ao mesmo tempo que o colosso, agora dominando pelo lobisomem, se movia. Rhonas, posicionou seu cetro e virou sua atenção ao gigante Teiven.

Vento Cinzento: Talvez um pouco de dor clareie suas mentes! Agora!

Rhonas então parte com movimentos poderosos, de início utiliza a parte inferior de seu cajado para um potente golpe contra o joelho direito do gruul, visava entre desestabilizar seu equilíbrio até fraturar seu joelho, e em seguida desferiria um golpe com o cajado na cabeça de Teiven, horizontal para desacordá-lo. Ao mesmo modo, o colosso avançava, e com sua espada desferiria um golpe em diagonal contra Belian em formato de besta, visando cortar-lhe o tórax.


Do elmo da criatura, Vento Cinzento rosnava para Simba, seu olhar era de escárnio.

Escudo do Mestre:

Era como atacar um pilar de aço negro.

As presas e garras do leonino se fincavam na criatura, o metal mirraniano que o protegia e que ele utilizava como arma era notoriamente mais forte e talvez igualmente resistente, ou apenas estava sendo utilizado de maneira diferente. Como um animal selvagem o leonino tentava talhar e triturar com suas garras o metal azulado do inimigo, mas nenhum dos golpes parecia ter qualquer sucesso; Com as garras fincadas, ergueu a cabeça num rosnado gutural enquanto contraia toda sua musculatura buscando a força necessária para danos

Simba: GRRRRUUUAAAARRRR!!!

Seu esforço foi em vão. Apenas sentiu a grande lufada de vento que os golpes dos gigantes que estavam ao seu lado geraram, nem mesmo os socos dos dois colossos aliados fez com que o gigante azulado se movesse qualquer centimetro, suas escamas malmente vibraram com os impactos. A atenção do leonino se volta novamente para um vulto cinzento que salta sobre o ombro de Rhonas e logo depois para uma estátua que havia recém surgido atrás do titã, parando sobre seu elmo, proferindo algumas palavras e logo em seguida manifestando um rito; Os olhos do leonino apenas o acompanhavam, enquanto o metal se movia entre seu corpo e a fúria se expandia


Aquele ser era como um mirraniano que tivesse se aliado, por vontade própria, aos invasores de sua terra. O leonino não sabia onde estava, quem eram os inimigos e quais suas motivações, tão pouco quem eram os que lutavam para resistir, mas em qualquer canto do multiverso é muito fácil entender quem são os traidores - e todos eles merecem morrer. O leonino, que até então estava fixado com as garras no metal azul, aguardou o movimento do titã atrás de Rhonas e quando a espada deste estava sendo projetada para frente na direção de Belian, Simba saltou na direção dela, usando sua parte chapada como ponte para dar um novo salto, se impulsionando com grande força e velocidade para o titã que estava atrás, diretamente na direção do lobo cinzento que o provocava

A prepotência de Belian começaria a ruir, na mente do metamorfo aquele encontrão terminaria com o Deus Serpente no solo mas aquele era um Deus afinal. Não um como Belian que tinha seus poderes somente em seu plano, aquele era um Deus de verdade e encarnação da Força. Com um movimento simples e preciso o cajado de Rhonas não só intercepta Belian em sua forma mais colossal como o derruba como se não fosse nada. O plano estremece com a queda do colosso mutante mas Rhonas não se moveu um centímetro sequer.

"Impossível...ta-tamanho poder...como derrotar um deus?" Os pensamentos do metamorfo podiam tirar sua confiança mas ao menos o colocavam em seu devido lugar. Não seria  páreo para um confronto direto com o Deus Serpente, precisava preparar o terreno. Esse sempre foi seu jeito de agir, mas não fez enquanto era movido por fúria e rancor.

O Deus das mil formas então levanta-se e então pode notar a coroa vermelha sobre o elmo de seu colosso de Akros enquanto o lobisomem gargalhava jocosamente. E então vem o golpe de seu próprio aliado. Belian apara o golpe segurando a lamina com os membros superiores que saiam de suas costas, a grossa carapaça que reveste o metamorfo ainda não fora rasgada. Aproveitando o contato físico estabelecido com seu ex-aliado os membros de Belian que seguravam a lamina começam a tornar-se lodosos e pouco a pouco esse lodo começa a avançar sobre o colosso como em um processo de fagocitose até chegar na coroa que dominava a mente do protetor de Theros.

"Reinvindicação da Natureza"

Os pseudópodes lodosos então fagocitariam a coroa e por fim encerrariam o encantamento de controle mental sobre o Colosso de Akros


- Lealdade não se compra, lupino imundo!

Belian sabia agora que antes de enfrentar Rhonas precisaria minar suas forças e retirar seus aliados. O peão estava pronto para enfrentar a torre.